Jerónimo Martins e BCP pressionam Lisboa. Em ex-dividendo, Nos afunda 6,5%

A bolsa de Lisboa fechou a primeira sessão do trimestre abaixo da linha de água, num dia misto na Europa. Na praça nacional, as ações da Jerónimo Martins e o BCP ditaram as maiores perdas, apenas superadas pela Nos em ex-dividendo.

Na Europa, o Stoxx 600 — que reúne as 600 maiores empresas do Velho Continente — somou 0,2%. Em contrapartida, o francês CAC-40 recuou 0,3%, o britânico FTSE 100 desvalorizou 0,2% e o alemão DAX caiu 0,6%. Em Lisboa, o PSI-20 recuou 0,89%, para 4.351,21 pontos, com 13 cotadas em “terreno” negativo e apenas sete “terreno” positivo.

Depois de na sessão anterior, a bolsa nacional ter fechado o segundo trimestre do ano em terreno positivo, Lisboa volta, assim, às quedas. Entre os “pesos-pesados” a pesarem na praça lisboeta esteve a Jerónimo Martins e o BCP. As ações da dona do Pingo Doce caíram 2,95% para 15,125 euros, ao passo que os títulos do banco liderado por Miguel Maya recuaram 0,75% para 10, 62 cêntimos.

No setor da pasta e papel, com a Altri a desvalorizar 1,36%, a Navigator a perder 0,92%. Em contraciclo, a Semapa avançou 0,37%.

Nota ainda para a Nos, cujas ações negoceiam a partir da sessão desta quarta-feira sem direito a dividendos. Devido a este efeito no preço, os títulos da empresa liderada por Miguel Almeida, terminam o dia a desvalorizar 6,5%. A renumeração acionista será distribuída a partir de 3 de julho.

A travar quedas mais expressivas do PSI-20 estiveram os títulos ligados ao setor energético. A EDP fechou a sessão a valorizar 1,06% para os 4,2950 euros, enquanto a subsidiária avançou 1,14% para os 12,44 euros. Já as ações da REN valorizaram 0,41% para 2,44 euros.

Em contrapartida, no setor petrolífero, a Galp Energia recuou 0,05% para 10,29 euros euros, apesar da subida das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O preço do barril de Brent somou 2,01%, para os 42,10 dólares no mercado londrino. Já o WTI ganhou 1,53%, para os 39,88 dólares, no mercado de Nova Iorque.