BCP garante 200 dos mil milhões do aumento de capital da EDP
A EDP vai avançar com um aumento de capital. Espera que os acionistas subscrevam todas as novas ações, mas assegurou com vários bancos o sucesso da operação.
A EDP quer 1.020 milhões de euros dos acionistas. Contudo, para garantir já o sucesso do aumento de capital que financiará a compra da Viesgo, contratou seis bancos que se comprometem a tomar firme a oferta, entre eles o BCP. Sozinho, o banco liderado por Miguel Maya garante 200 milhões desta operação.
BCP, JP Morgan, Morgan Stanley, BNP Paribas, Bank of America e Goldman Sachs são as seis instituições que assinaram, a 15 de julho, um acordo com a elétrica liderada interinamente por Miguel Stilwell d’Andrade para a venda das cerca de 300 milhões de novas ações que serão colocadas no mercado a partir de dia 23.
Estes bancos, além de serem responsáveis pela colocação dos títulos, também se comprometeram em ficar com as ações que possam ficar por subscrever. E a percentagem desses títulos que cada um garante já está definida no prospeto da operação que a EDP enviou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
BCP, JP Morgan e Morgan Stanley comprometeram-se, cada um, a garantir 20% da operação, ou seja, poderão, na eventualidade de ninguém pretender participar no aumento de capital, pagar cerca de 200 milhões de euros cada um para ficarem com os títulos. Os outros três bancos garantem 13,33%, cada um.
Comissões ascendem a 23 milhões
A EDP não vai arrecadar a totalidade dos 1.020 milhões de euros porque uma parte do dinheiro angariado com esta operação servirá para pagar as despesas associadas.
“Os resultados líquidos da oferta serão apuráveis somente após o anúncio dos resultados da oferta”, diz a EDP. “Havendo subscrição integral e correspondendo o preço de subscrição a 3,30 euros, estima-se que a um montante total de entradas em dinheiro de aproximadamente 1.020.172.880,10 euros corresponda um valor líquido de receitas da oferta de aproximadamente 997 milhões de euros, deduzidas todas as despesas associadas”, refere. Ou seja, gastará 23 milhões em comissões.
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