Faugère sai da CNP para concorrer ao Supervisor francês
Jean-Paul Faugère renunciou aos mandatos de administrador e presidente do CA do grupo CNP Assurances para avançar na sua candidatura à vice-presidência do organismo francês de controlo prudencial.
A demissão de Jean Paul Faugère da liderança na CNP Assurances para concorrer à ACPR, supervisor em França, levou a que no mesmo dia o comité de remunerações e nomeações da seguradora decidisse que, na próxima reunião do conselho de administração (CA) da instituição, agendada para 31 de julho, será proposta a cooptação de um administrador independente que será também eleito como presidente do CA da companhia.
De acordo com legislação francesa, as personalidades nomeadas para o exercício de cargos na ACPR – organismo criado no auge da crise 2008-2009 para funcionar na órbita do Banque de France e assegurar o controlo prudencial e resolução de bancos e seguradoras -, devem estar isentas de quaisquer conflitos de interesse. Por isso, Faugère também foi chamado para uma audição pela comissão de Finanças do Senado (câmara alta do Parlamento).
Antes de liderar a CNP Assurances, Faugère foi chefe de gabinete do antigo primeiro ministro francês François Fillon, de 2007 a 2012. Com a designação governamental para o cargo na ACPR, Jean-Paul Faugère irá substituir Bernard Delais, em funções desde julho de 2015.
A CNP Assurances (seguradora da Caixa de Previdência francesa) é atualmente parte de um processo de consolidação envolvendo instituições financeiras controladas pelo Estado. De acordo com o projeto previsto, a CNP Assurance será integrada no Banque Postale (grupo La Poste). Numa segunda fase, o La Poste fará parte da Caisse de Dépôts et Consignations (CDC). Em resultado, a CNP Assurances – presente em Portugal através da CNP Partners – ficará sob controlo indireto e exclusivo da CDC.
Dados relativos a 2019 colocam a CNP Assurances entre os cinco maiores grupos europeus nos seguros Vida, figurando em nono lugar entre os maiores grupos seguradores europeus, ao realizar cerca de 33,5 mil milhões de euros em volume de prémios no ano passado.
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