Bola de Berlim vira iogurte. Danone inova para contrariar quebra de vendas com a Covid-19
Pandemia provocou quebras nas vendas em Portugal, mas a nível mundial a procura cresceu. Para contrair a tendência, a Danone aposta em inovação e vai lançar o Oikos com sabor a Bola de Berlim.
Depois de ter criado um iogurte grego com sabor a Pastel de Nata, a Danone vai lançar em breve um iogurte com um sabor bem característico do verão, o da Bola de Berlim. É com inovação que o grupo responde a uma quebra das vendas sentida em Portugal durante o período de confinamento, contrariamente ao que se verificou a nível mundial.
“Portugal gosta de inovação e nós lançamos, há três semanas, o Oikos Pastel de Nata. Este produto está a ter tanta saída que está a entrar em rutura. Todos os dias temos que aumentar a produção. É um sabor exclusivo em Portugal e está a resultar muito bem. Como tal, daqui a duas semanas, vamos lançar outro sabor que é o Oikos Bola de Berlim”, diz ao ECO o CEO da Danone Portugal, Ludovic Reysset.
Ludovic Reysset conta que em Portugal o negócio não beneficiou com a Covid-19: consumo baixou durante o período de confinamento. A Danone perdeu quota de mercado, nos meses de março, abril e maio, mas apenas em Portugal: “a quebra nas vendas só aconteceu em Portugal, a nível mundial crescemos”. Ludovic Reysset explica que durante o período de confinamento, os portugueses tiveram que apertar o cinto e acabaram por optar por marcas brancas. “Este tipo de marcas está a ganhar quota no mercado”, refere.
“A categoria iogurte sofreu em Portugal porque é considerada um snack e, regra geral, é mais usado mais no trabalho, ao sair de casa, ao contrário do que acontece em França ou em Espanha que é um consumo de sobremesa, de refeição”, conta ao ECO, o country manager da marca em Portugal que fatura mais de 115 milhões de euros, por ano.
Em Portugal, o negócio não beneficiou com a Covid-19 e o consumo baixou durante o período de confinamento, mas esta quebra nas vendas só aconteceu em Portugal, a nível mundial crescemos.
Apesar desta quebra, a nível de vendas, no mercado português, a Danone decidiu, a nível mundial, que não ia entrar em lay-off nem rescindir contratos de trabalho. Para o country manager da marca salvaguardar postos de trabalho é uma forma de reter talento. “O bem-estar do colaborador é essencial para nós e o nosso objetivo é dar sempre mais que aquilo que a lei exige, seja a nível de salário, licenças de maternalidade/paternalidade”, reforça Ludovic Reysset.
O CEO da marca em Portugal, avança que no mês passado e neste mês, a Danone Portugal já está a recuperar e acredita que a Danone vai dar a volta a esta crise, apesar de estar consciente que é necessário mudar o paradigma, apostar em inovação, produtos com menos açúcar e mais saudáveis, sem nunca esquecer a questão da sustentabilidade.
Danone acaba com tampas de plástico em todas as garrafas de iogurte
As novidades não ficam por aqui. Com vista a reduzir a pegada ecológica, a Danone Portugal vai acabar com todas as tampas de plástico nas garrafas dos iogurtes, a partir de agosto. “60% das vendas de iogurte em Portugal são líquidas e apesar de todos os nossos concorrentes manterem as tampas de plástico nós estamos a retirar essa tampa em todos os produtos”, refere o CEO da Danone.
Em Portugal, um dos compromissos do grupo até 2024 é trocar o plástico das embalagens por plástico reciclado em todos os produtos do grupo Danone. “A nossa missão passa por ‘One Planet. One Health’, logo o nosso objetivo é termos plástico reciclado em todos os nossos produtos”, destaca Ludovic Reysset.
Da inovação à sustentabilidade, sem esquecer as causas sociais
A Danone acabou de lançar um movimento solidário intitulado de “Juntos”. O country manager da marca em Portugal adianta ao ECO que “quem levar para casa um pack de quatro unidades de iogurtes da gama #juntos, vai ter a oportunidade de doar um iogurte às famílias apoiadas pela Rede de Emergência Alimentar.
É um produto feito em Portugal, com leite 100% português. Para o CEO da Danone, este tipo de iniciativas para além de ajudar as famílias mais carenciadas é “uma forma de ajudar a economia local a recuperar”, conclui Ludovic Reysset.
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