Partidos mudaram planos das rentrées, Avante mantém-se mas com regras
As rentrées políticas não vão ser as habituais e os partidos encontraram formas de arrancar a nova sessão legislativa, à exceção do PCP, que mantém a Festa do Avante, mas com regras.
As rentrées políticas não vão ser as habituais e, devido à Covid-19, os partidos encontraram outras formas de arrancar a nova sessão legislativa, à exceção do PCP, que mantém a Festa do Avante mas com regras.
O BE cancelou o habitual Fórum Socialismo, mas fonte bloquista disse à Lusa que o partido “fará reentrées distritais nas duas primeiras semanas de setembro, de menor dimensão e com eventos sempre ao ar livre, com programas variados: um périplo por setores afetados pela crise, debates temáticos, programação de cinema”, e “sempre cumprindo todas as regras de segurança sanitária”.
De acordo com a mesma fonte, a coordenadora do BE, Catarina Martins, vai estar presente “em vários desses momentos”, por exemplo, nos distritos de Viseu, Braga, Porto e Setúbal.
Contactado pela Lusa, o PS lembra que estão agendados os congressos federativos para o fim de semana de 12 e 13 de setembro.
Por seu turno, o CDS-PP, através da secretaria-geral, indicou que o partido pretende assinalar o reinício da atividade parlamentar e política nos Açores, onde em outubro vão decorrer eleições regionais, mas remete os detalhes do evento para o final da próxima semana.
O PSD, em meados de abril e maio, anunciou que este ano não irá realizar a festa do Pontal, no Algarve, nem o Chão da Lagoa, na Madeira, devido à pandemia, justificando a decisão com “as regras do bom senso”. Também a tradicional Universidade de Verão não irá acontecer em 2020.
Questionada pela agência Lusa na sexta-feira, fonte oficial social-democrata indicou que “não está nenhum evento previsto” no âmbito da rentrée.
“Para já não está nada definido”, diz fonte do PAN, assinalando que o partido não costuma marcar a rentrée.
Pelo Chega, o presidente demissionário, André Ventura, disse que está marcado um comício no Algarve para dia 26 de setembro, data em que partido já terá novo presidente (eleito em eleições diretas em 05 de setembro e nas quais Ventura será candidato) e nova direção, escolhida na II Convenção Nacional, em 19 e 20 de setembro.
Já a Iniciativa Liberal (IL), outro partido que se estreou na Assembleia da República nesta legislatura, salienta que a “luta pelo liberalismo não para” e que em agosto “tem mantido a sua atividade com os cuidados inerentes ao momento atual, com formatos que garantam todas as condições de segurança sanitária, quer promovidas pela Comissão Executiva, quer pelos núcleos”.
“Só faz rentrée [regresso] quem faz sortie [saída]”, ou seja, só entra quem sai, aponta a IL, que indica que o presidente e deputado único, João Cotrim Figueiredo, estará em Faro na próxima semana, no fim do mês no Porto e depois nos Açores, em data a agendar.
Dos eventos que assinalam a entrada no novo ano parlamentar, e que decorrem habitualmente entre final de agosto e início de setembro, apenas o PCP decidiu manter a Festa do Avante, embora com regras diferentes devido à pandemia.
De acordo com o partido, esta festa — cuja realização está envolta em polémica e foi alvo de várias críticas — vai decorrer com cerca de 33 mil pessoas, um terço da capacidade total. Este ano será obrigatório o uso de máscara no acesso a espaços e serviços de atendimento, haverá álcool gel distribuído no recinto e existirá um maior número de eventos ao ar livre.
Além das “regras de distanciamento físico nas diversas atividades (incluindo a criação de assistentes de plateia)”, serão também criados “corredores de circulação de sentido único, separação de canais de entrada e saída e maior fluidez de acesso a transportes públicos”, assegurou o partido na sexta-feira, acrescentando que o horário da festa também vai sofrer alterações.
A 44.º edição da Festa do Avante decorrerá entre 4 e 6 de setembro, nas quintas da Atalaia e do Cabo da Marinha, na Amora (distrito de Setúbal).
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