Portugal é o sétimo país europeu onde o emprego mais recua
Espanha é o país onde o emprego mais cai na Europa. Segue-se a Irlanda, a Hungria e a Estónia. Portugal aparece em sétimo lugar, ficando mesmo acima da média europeia.
A pandemia de coronavírus continua a fazer tremer o mercado laboral. No segundo trimestre do ano, o emprego na Europa registou a maior queda dos últimos 25 anos, com as horas trabalhadas também a registar uma descida histórica. Entre os Estados-membros, é em Espanha que se verifica o recuo mais acentuado do emprego. Portugal aparece em sétimo lugar, nessa tabela.
De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat, o número de pessoas empregadas na Zona Euro caiu 2,9% e 2,7% na União Europeia, no segundo trimestre, comparando com o período entre janeiro e março deste ano.
Em termos homólogos, as quedas foram de 3,1% e 2,9%, respetivamente. Em ambas as comparações, estão em causa as maiores descidas desde, pelo menos, 1995, ano em que arrancou a série estatística.
Também as horas trabalhadas caíram de modo acentuado: 12,8% na área da moeda única e 10,7% na UE, na variação em cadeia; 16,6% na Zona Euro e 13,8% no bloco comunitário, em termos homólogos.
Na grande maioria dos países da UE, o segundo trimestre foi sinónimo de quedas do emprego. Em Espanha, por exemplo, registou-se uma quebra de 7,5%; na Irlanda, 6,1%; na Hungria, 5,3%; E na Estónia, 5,1%.
Portugal aparece em sétimo lugar na tabela, com um recuo de 3,4%, na variação em cadeia, e 3,6%, em termos homólogos. O emprego português desceu, assim, mais do que a média europeia.
Ainda assim, entre abril e junho, Portugal registou um recuo de 1,1 pontos percentuais para 5,6% da taxa de desemprego, já que uma parte as pessoas que ficaram sem trabalho foram consideradas inativas e não desempregadas.
De notar ainda que, à boleia do lay-off simplificado, Portugal registou, de resto, a maior queda das horas trabalhadas desde 2011. Esse recuo histórico provocou, por outro lado, um salto do custo do trabalho.
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