Novas lojas, marca própria e entregas em casa são aposta do grupo Dia até 2023
O reforço da marca própria, novas lojas e a aposta no comércio eletrónico, são os principais objetivos assumidos pelo grupo Dia para o plano estratégico em curso até 2023.
Após um período financeiro conturbado, o reforço da marca própria, a abertura de novas lojas e a aposta no comércio eletrónico, são os três principais objetivos assumidos pelo grupo Dia, para o plano estratégico em curso até 2023.
Com a primeira fase de transformação completa, o presidente do grupo Dia, Stephan Du Charme, revelou esta quinta-feira, que o plano estratégico da empresa, em curso até 2023, vai passar por um novo conceito de loja, que prevê renovações, relocalizações e novas aberturas. Mas escusou-se a avançar mais sobre os “próximos passos”.
Além disso, a reestruturação passa ainda pelo reforço da marca própria, isto nunca esquecendo que a variedade é muito valorizada pelos consumidores, pelo que haverá uma “complementaridade” de marcas. “Estamos com o projeto de criar supergrams, de criar marcas nossas com qualidade. Mas também queremos trabalhar com marcas nacionais”, assinalou a diretora comercial da Dia Portugal, durante a conferência de imprensa desta quinta-feira, no Lagoas Park Hotel, em Oeiras.
Com 568 lojas de norte a sul do país — o que, segundo Miguel Guinea, presidente executivo do Dia Portugal, os torna “reis da proximidade” e que foi um fator importante no aumento de vendas durante o confinamento –, outro dos objetivos para lutar pela liderança é a “otimização do sortido” em loja, por forma a responder às necessidades de cada cliente.
Serviço de entregas vai chegar a Oeiras, Cascais e Amadora
O comércio online é também outras das apostas fortes da cadeia de supermercados Dia, já que, segundo Helena Guedes, “funciona muito bem”. Assim, a partir de 15 de setembro, os clientes da Amadora, de Oeiras e Cascais vão passar a poder fazer compras sem saírem de casa. Até agora, o serviço estava apenas disponível na cidade de Lisboa.
“Lançámos o e-commerce em julho e agora, é claro, vamos ampliar. Estamos na zona da cidade Lisboa e vamos ampliar na Grande Lisboa a partir de 15 de setembro e depois pelo país”, anunciou a diretora de marketing da Dia Portugal, acrescentado que a partir da próxima terça-feira, mais duas lojas vão cobrir “a zona toda da Amadora e Queluz”, bem como, a zona “toda de Oeiras e Cascais“.
Para já, a prioridade do retalhista é fornecer “um serviço de qualidade”, dado que este serviço é “muito bem trabalhado pela concorrência”, pelo que o alargamento para outras cidades ainda é uma incerteza. ” O que queremos fazer temos de fazer melhor do que a concorrência“, concluiu o presidente executivo da Dia Portugal.
Neste contexto, o Minipreço vai arrancar a partir da próxima terça-feira, com duas lojas para cobrir “a zona toda da Amadora e Queluz“, bem como, a zona “toda de Oeiras e Cascais”, acrescentou Helena Guedes.
Até agora, o serviço estava apenas disponível para zonas específicas de Lisboa. Funciona das 10h às 20h e tem entregas gratuitas em compras superiores a 50 euros. Além disso, o grupo que detém 568 lojas de norte a sul do país anunciou, em abril, uma parceria com a Glovo, estando para “breve” novas parcerias.
Em novembro do ano passado, o grupo “concluiu com sucesso” um aumento de capital de 605 milhões de euros. Nesse sentido, a empresa tem levado a cabo uma estratégia de reestruturação, depois de dificuldades que começaram em meados de outubro de 2018, quando reduziu as previsões de crescimento para esse ano e fez “ajustes” nas suas contas de 2017, devido à deteção de “irregularidades” não corrigidas, que foram muito penalizadas pelo mercado e resultaram na queda da sua cotação em bolsa.
De acordo com os resultados apresentados ao mercado, o grupo Dia reduziu os prejuízos no primeiro semestre de 418,7 milhões de euros para 187,7 milhões de euros, em termos homólogos, num período em que as vendas em Portugal aumentaram 6,4%, em grande medida impulsionadas pelo período do confinamento.
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