Serviços têm em julho menor quebra desde o início da pandemia
O comércio por grosso, comércio e reparação de veículos e motociclos "foi o agrupamento com a recuperação mais expressiva" no mês de julho, destaca o INE.
À medida que a atividade económica retoma no país, os indicadores de atividade melhoram. Em julho, registou-se um abrandamento das quebras no volume de negócios nos serviços, que se fixou na mais baixa desde o início da pandemia. O índice para o volume de negócios naquele setor caiu 16,2%, recuperando face à redução homóloga de 22,5% observada no mês anterior, revelou o Instituto Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira.
O gabinete público de estatísticas destaca neste âmbito a evolução dos segmento do comércio por grosso, comércio e reparação de veículos e motociclos naquele mês, referindo que “foi o agrupamento com a recuperação mais expressiva”, medida em 8,9 pontos percentuais. Esse segmento registou uma variação de -5,8% em julho e um contributo de -3,2 pontos percentuais para a variação do índice total.
“Note-se o comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos, que passou de uma variação homóloga de -25,4% em junho para -2,3% no mês seguinte”, destaca o INE.
Já a área de transportes e armazenagem “foi uma das duas secções que mais influenciaram o resultado agregado”, registando uma quebra de 35,4%, um pouco aquém dos 37,7% verificados em junho. “O desempenho dos transportes aéreos, com uma redução homóloga de 78,9% em julho (-85,1% no mês anterior), continuou a ter o impacto mais negativo deste agregado”, explica o INE.
Por sua vez, o alojamento, restauração e similares foi aquele que apresentou a segunda maior recuperação em julho — 7,8 pontos percentuais –, fixando-se, contudo, a taxa de variação em -52,2%. “Refira-se que o Alojamento contraiu -77,9% em termos homólogos (-89,7% no mês precedente) e a restauração e similares recuperou 6,1 pontos percentuais, para uma variação de -42,7% no período em análise”, escreve o INE.
Referência ainda para as atividades de informação que apresentaram o único contributo positivo (0,1 pontos percentuais) para o resultado global, com uma variação homóloga de 1,1%, mas anda assim aquém dos 2,4% registados em junho.
No que diz respeito ao emprego e às remunerações neste setor registaram-se quebras de 8,9% e 7,5%, respetivamente, em julho.
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