“Não é razoável” subir salário mínimo em 2021. Atirará empresas para o “precipício”, diz o turismo
A Confederação do Turismo de Portugal rejeita uma subida do salário mínimo em 2021, pelo menos na situação atual. Caso haja uma forte recuperação do setor, a CTP admite uma revisão a meio do ano.
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, considera que “não é razoável” aumentar o salário mínimo no início do próximo ano, como pretende o Governo, argumentando que qualquer aumento de custos para as empresas do setor do turismo irá atirá-las para o “precipício”.
“Não deve haver aumento neste momento, face ao que está a acontecer com a pandemia“, afirma Francisco Calheiros, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1. Para os patrões do turismo é claro que “qualquer aumento nas empresas agora não é razoável”, uma posição que defenderão em concertação social quando o assunto for discutido.
Ainda assim, o presidente da CTP não exclui que a situação possa melhorar, admitindo uma revisão do salário mínimo a meio do próximo ano, na perspetiva de haver um aumento, “se a situação se alterar”. Contudo, até lá, as perspetivas não são boas uma vez que Calheiros antecipa dois momentos de “choque” para o turismo, que vão provocar mais desemprego, em outubro e em janeiro.
O primeiro-ministro já assegurou que o Executivo pretende aumentar o salário mínimo em 2021. No entanto, António Costa avisou que o aumento teria de ser mais pequeno do que se esperava anteriormente. Pelas palavras do primeiro-ministro e do ministro das Finanças, o Governo abre a porta a um aumento superior a 10 euros, mas inferior a 35 euros. João Leão considerou ser positivo que se prossiga com os aumentos no salário mínimo uma vez que irá criar “expectativas positivas dos seus rendimentos” nestes trabalhadores e dar um sinal de confiança aos agentes económicos.
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