TAP quer assegurar retoma operacional de modo “seguro e sustentável”
TAP quer assegurar a retoma operacional de modo “seguro e sustentável” e viabilizar o plano de reestruturação com uma nova estrutura acionista e de gestão.
A TAP quer assegurar a retoma operacional de modo “seguro e sustentável” e viabilizar o plano de reestruturação com uma nova estrutura acionista e de gestão, garantiram esta quinta-feira os responsáveis pela empresa numa mensagem enviada aos trabalhadores.
“Retomar a nossa atividade com segurança e sustentabilidade e reestruturar para recuperar a nossa TAP são as nossas prioridades”, lê-se na mensagem, assinada em conjunto pelo novo presidente executivo da TAP, Ramiro Sequeira, e pelo presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, com os responsáveis a sinalizarem o início de “um novo período” da história da empresa.
“Unidos e focados na missão de assegurar a retoma operacional de modo seguro e sustentável, bem como viabilizar o plano de reestruturação da TAP, com uma nova estrutura acionista e de gestão, é o nosso ponto de partida para ultrapassar, provavelmente, o maior desafio que já se colocou à TAP nos seus 75 anos de história e a toda a indústria da aviação civil, se não mesmo à Humanidade, nesta nova era”, lê-se no documento.
Miguel Frasquilho e Ramiro Sequeira reconhecem no documento a “vontade inequívoca do Estado português em auxiliar a TAP, absolutamente crítica para ultrapassar este desafio” e apelam ao contributo dos trabalhadores para se focarem no trabalho em equipa, na atenção ao cliente, na produtividade e na elevada disciplina financeira, promovendo a redução de custos, estruturais e do dia-a-dia.
“Contamos com um Conselho de Administração, uma comissão executiva e uma equipa de gestão coesas e alinhadas em consolidar uma relação responsável e de confiança com todas as partes interessadas, nomeadamente colaboradores, associações sindicais e parceiros sociais, ecossistema de fornecedores e parceiros de negócio, acionistas e os clientes que escolhem viajar com a TAP todos os dias”, referem ainda.
“Estamos todos conscientes das dificuldades vividas pelo setor da aviação, a nível mundial, e temos vindo a assistir às reestruturações levadas a cabo pelas nossas congéneres”, acrescentam, referindo que as previsões da IATA apontam, no cenário mais pessimista para o próximo ano, uma atividade inferior até 60% face à do ano de 2019, o que permite antever uma retoma lenta e ter a clara noção de que, também a TAP, terá de fazer o caminho da reestruturação para garantir a sua sobrevivência.
“Os tempos que estamos a enfrentar, e que aí vêm, não são, nem serão, fáceis. Mas, trabalhando em conjunto e unidos, com sentido de urgência, responsabilidade, assertividade e diálogo, ultrapassaremos estas dificuldades e asseguraremos o futuro sustentável da nossa TAP, continuando a ser um motor de crescimento e de desenvolvimento de Portugal”, finalizam.
O novo presidente executivo da TAP, Ramiro Sequeira, inicia funções esta quinta-feira, substituindo Antonoaldo Neves no cargo que ocupava desde 2018.
Antonoaldo Neves deixa a TAP na sequência do acordo entre o Governo e os acionistas privados para a reorganização do quadro societário da TAP – com a saída de David Neeleman – e será temporariamente substituído por Ramiro Sequeira.
Em 2 julho, quando anunciou o acordo com os acionistas privados para o Estado ficar com 72,5% do capital – e a saída de David Neeleman –, Pedro Nuno Santos tinha dito que Antonoaldo Neves seria substituído “de imediato”.
O Estado português detém agora uma participação social de 72,5%, o empresário Humberto Pedrosa 22,5% e os trabalhadores os restantes 5% do grupo.
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