200 aeroportos europeus podem falir por causa da pandemia
Dos 740 aeroportos comerciais do Velho Continente, 193 estarão à beira da insolvência, se o final do ano não for sinónimo de recuperação no tráfego de passageiros.
Quase 200 aeroportos europeus estão em risco de terem de fechar as suas portas, nos próximos meses, face ao colapso da aviação civil causado pela pandemia de coronavírus. Segundo adianta esta quarta-feira o The Guardian, a divisão europeia do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) estima que, se o final do ano não for sinónimo de recuperação do tráfego de passageiros, 193 dos 740 aeroportos comerciais do Velho Continente ficarão à beira da insolvência, o que ameaçaria 277 mil postos de trabalho.
De acordo com o líder da divisão europeia da ACI, a opção tomada por vários países de impor confinamento, em vez de reforçar os testes está a ameaçar seriamente os aeroportos, estando as receitas atuais longe de cobrir os custos operacionais. Olivier Jankovec afirma, assim, que os números que estão ser registados antecipam um “quadro dramático” para o futuro da indústria da aviação.
“Em plena segunda vaga [da pandemia], assegurar que as viagens aéreas são seguras continua a ser a nossa principal preocupação. É crucial que reduzamos os riscos de importação e disseminação [do novo coronavírus]; Mas certamente conseguimos reduzir esses riscos com mais eficácia ao testar os passageiros do que ao impor quarentenas”, salienta o mesmo responsável.
A ACI recusou revelar que aeroportos europeus estão em risco de fechar, de modo a evitar o pânico entre os empregados e os viajantes, mas adiantou que estão em causa sobretudo aeroportos regionais, isto é, infraestruturas mais pequenas e que têm sido mais afetadas pelo declínio do tráfego de passageiros devido à crise pandémica.
Em setembro, o número de passageiros que passaram pelos aeroportos europeus afundou 75% face ao período homólogo. E a “perda” total desde o início da pandemia já ultrapassou os mil milhões de passageiros.
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