Ordem dos Médicos concorda com estado de emergência e faz aviso à população
Ordem dos Médicos considera que o estado de emergência devia ter sido ativado mais cedo. Deixa um aviso à população sobre agravamento da pandemia nas próximas semanas.
A Ordem dos Médicos congratulou-se com a declaração de estado de emergência, que queria ativado mais precocemente, e avisou a população sobre um agravamento da pandemia nas próximas semanas e a necessidade de manter medidas preventivas.
Reagindo à aprovação pelo Governo, no sábado, das medidas que vão vigorar entre segunda-feira e 23 de novembro, como o recolher obrigatório noturno nos concelhos de maior risco de contágio, o bastonário e o Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos manifestaram, “neste momento de crescente atividade pandémica e de imperiosa coesão nacional no combate ao inimigo comum, a total concordância” com a declaração do estado de emergência.
Em comunicado hoje divulgado, a Ordem dos Médicos faz também um alerta à população, avisando que vai haver um agravamento progressivo da covid-19 nas próximas semanas, e que é necessário manter “uma total adesão” às medidas preventivas.
“Só a intervenção a montante na interrupção das cadeias de transmissão pode precaver e impedir a rutura do Sistema Nacional de Saúde (SNS)”, afirma a Ordem dos Médicos no comunicado, transmitindo o que chama uma mensagem de serenidade e de responsabilidade, para relembrar que o combate à pandemia depende de todos, e cada um, sendo “essencial” cumprir as medidas de proteção individual e coletiva.
O bastonário e o gabinete de crise manifestam ainda solidariedade com os profissionais de saúde no combate à pandemia, nomeadamente os das localidades no limite de recursos técnicos e humanos, e reitera a necessidade de contratação urgente de médicos e demais profissionais de saúde, enaltecendo ainda o envolvimento e a “colaboração indispensável” das Forças Armadas Portuguesas nesta situação de emergência nacional “que deveria ter sido antecipada e ativada mais precocemente”.
O reforço da “necessidade imperiosa” de uma gestão articulada e comum, a nível nacional, de recursos humanos e de internamento hospitalar disponíveis, na atual fase da pandemia, é também defendido no comunicado, que conclui relembrando a citação do filósofo grego Sócrates: “A Saúde não é tudo, mas tudo é nada sem Saúde”.
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