Abertura de estabelecimentos “duas ou três horas antes do normal não é suficiente”, diz diretor-geral da APED
Os novos horários para as lojas penalizam as empresas, nomeadamente o retalho especializado, que tem sido "fustigado" desde o início da pandemia, diz o diretor-geral da APED.
Durante os próximos dois fins de semana, o Governo impôs um recolher obrigatório a partir das 13h, e a maior parte dos estabelecimentos vão ter de fechar portas, com algumas exceções. O horário de abertura foi alargado, mas abrir algumas horas antes “não é suficiente”, nomeadamente para o retalho especializado, reitera o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).
“A abertura de duas ou três horas antes do normal não será de maneira nenhuma suficiente, sobretudo para o retalho especializado que tem sido fustigado desde o início da pandemia e que tarda em recuperar”, apontou Gonçalo Lobo Xavier, em declarações à RTP 3. Isto mesmo numa altura “antes do Natal quando os cidadãos iam aproveitar promoções extensas”, que o setor estendeu “por vários dias para não concentrar pessoas”.
O responsável da APED sublinha que os “últimos dois meses do ano são fundamentais” para estas empresas especializadas, como do desporto, mobiliário, moda e eletrónica. “Com estas condições é difícil mantermos mesmos níveis dos anos anteriores e recuperar o que já foi perdido”, alerta Gonçalo Lobo Xavier.
Para além disso, o diretor-geral da APED defende ainda que “se se limitam horários há que aumentar pessoas em loja”. Gonçalo Lobo Xavier argumenta que as lojas estão com “tráfego muito normal onde as pessoas estão à vontade e por outro lado à porta das lojas há filas para entrar, por rácio ser tão baixo”, inclusivamente o “rácio por loja mais baixo da Europa”.
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