Juros da dívida portuguesa a 10 anos renovam mínimo histórico nos 0,04%
A yield das obrigações do Tesouro a 10 anos tocaram num novo mínimo histórico, chegando a apenas 0,04% nos mercados internacionais.
Portugal nunca teve juros tão baixos. A yield das obrigações do Tesouro a 10 anos tocaram num novo mínimo histórico, chegando a apenas 0,04% nos mercados internacionais. Taxa está cada vez mais perto de zero.
Os juros a 10 anos seguem em queda, tendo chegado aos 0,040%, um novo mínimo histórico, contra os 0,046% registados na última sessão, acompanhando a tendência verificada nos restantes países da Zona Euro.
O país tem sentido, tal como os outros membros do euro, uma forte pressão compradora na dívida, levado à valorização das obrigações e consequente queda das taxas exigidas pelos investidores.
Apesar da pandemia, que está a provocar uma forte contração da economia, mas também novamente a um défice nas contas públicas que fará aumentar a dívida de Portugal, as taxas têm vindo a cair, estando próximas de zero no prazo a 10 anos e abaixo da “linha de água” nas restantes maturidades.
Portugal conta com juros de -0,669% a dois anos, estando a taxa a cinco anos a negociar nos -0,429%, o que tem permitido fazer baixar o custo da dívida emitida pelo IGCP, liderado por Cristina Casalinho.
Este fenómeno de crise com juros em queda é explicado, em parte, por alguma fuga ao risco do mercado acionista, mas é principalmente resultado da atuação do Banco Central Europeu (BCE).
O BCE lançou uma “bazuca” para ajudar os países do euro a financiarem-se nos mercados de forma a obterem os fundos necessários para as medidas de apoio à economia em plena pandemia.
A “bazuca” de Christine Lagarde tem funcionado. Ainda mantém boa parte da sua capacidade de “fogo” disponível, mas os investidores acreditam que esta poderá ser ainda maior.
A expectativa é de que em dezembro sejam anunciadas novas medidas. Aliás, a presidente do BCE veio agora sinalizar isso mesmo ao afirmar que “abordaremos a atual fase da crise com a mesma abordagem e determinação”, falando na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu.
Contudo, alerta que a política monetária não irá resolver a crise sozinha, devendo ser complementada com estímulos orçamentais para recuperar as economias que foram duramente afetadas pelo vírus.
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