Governo quer Natal com “mínimo de regras”, mas Ano Novo terá “todas as restrições”. Medidas serão anunciadas no sábado
A intenção do Governo é que, no Natal, os portugueses tenham "o máximo de pedagogia e o mínimo de regras". Mas, para o Ano Novo, não haverá tolerância, revelou o primeiro-ministro.
O Governo vai anunciar no próximo sábado as medidas para o período do Natal e do Ano Novo, para que as famílias e agentes económicos possam ter uma “perceção” de como será o período das festas com alguma antecipação. Desde já, numa entrevista ao Observador, António Costa revelou que o objetivo é ter “o máximo de pedagogia e o mínimo de regras” no Natal, mas a passagem do ano “vai ter todas as restrições”.
Sobre os dias 24 e 25 de dezembro, António Costa apontou ser o objetivo do Governo que “as pessoas pudessem deslocar-se, que pudessem encontrar-se em segurança, evitando ao máximo os riscos de contágio”. “Vamos todos fazer um esforço para podermos ter um Natal com as melhores condições, mas a passagem do ano vai ter todas as restrições porque aí não pode haver qualquer tipo de tolerância”, disse o primeiro-ministro.
“O Governo propôs ao Presidente da República, e o Presidente da República aceitou, que desta vez, quando anunciarmos a renovação do estado de emergência, possamos anunciar não só as medidas para a próxima quinzena, mas as que vão vigorar também para a quinzena seguinte, até 6 ou 7 de janeiro. É fundamental que as famílias e agentes económicos possam ter uma noção antecipada de como vai ser o Natal”, apontou o primeiro-ministro na entrevista.
Na quinta-feira de manhã, está agendada uma reunião com especialistas no Infarmed, sendo este o dia em que os técnicos terão “os números mais atualizados sobre a evolução da pandemia nas próximas semanas”. “Esta semana é decisiva para podermos tomar essas decisões, que serão anunciadas no próximo sábado”, apontou António Costa. Antes, na entrevista, avançou também que, na quinta-feira à tarde, o Governo anunciará os detalhes do plano nacional de vacinação contra a Covid-19.
"Vamos todos fazer um esforço para podermos ter um Natal com as melhores condições, mas a passagem de ano vai ter todas as restrições, porque aí não pode haver qualquer tipo de tolerância.”
Sem querer antecipar medidas em concreto para o Natal, o primeiro-ministro disse que “o desejo é que o Natal fosse um Natal normal”. Contudo, reconheceu que “não vai poder ser um Natal normal”. “Isso é evidente”, acrescentou. De seguida, explicou: “Estamos a trabalhar com especialistas para ver se eles nos podem definir um conjunto de variáveis em que possam informar as pessoas para que as famílias possam ter a perceção de como podem ter um Natal da forma mais segura possível.”
“Há uma coisa que sabemos: quanto mais o Natal for à mesa, mais perigoso é, porque à mesa estamos sem máscara. Quanto mais as pessoas estiverem à mesa, mais perigoso é, porque maior é o risco de contaminação”, sublinhou. Por isso, a intenção é que os especialistas “ajudassem as pessoas e as famílias a poderem compreender bem a lógica de transmissão do vírus”, afirmou, frisando que “vamos ter o máximo de pedagogia e o mínimo de regras”.
Salientando que a decisão final só será mesmo tomada depois da reunião do Infarmed e anunciada no sábado, o chefe do Governo reiterou, contudo: “O que é que gostaríamos? O nosso objetivo coletivo devia ser a 24 e a 25 que as pessoas pudessem deslocar-se, que pudessem encontrar-se em segurança, evitando ao máximo os riscos de contágio.”
“Ora, os riscos de contágio variam em função de n fatores. Há muitas zonas em que o momento alto do Natal é ao ar livre, à volta do madeiro. Sabemos que o risco é menor ao ar livre do que num espaço fechado. Sabemos que, à mesa, o risco de contágio é maior”, concluiu o primeiro-ministro.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h53)
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