Espanha admite endurecer medidas durante o Natal se necessário
Pedro Sánchez pediu aos cidadãos que façam um último esforço e que não baixem a guarda à Covid-19 às portas do início da vacinação.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, alertou, esta quarta-feira, para o “aumento preocupante das infeções” de Covid-19 nos últimos dias e assegurou que, caso necessário, irá propor o endurecimento das medidas contra a pandemia durante o período do Natal.
“Não podemos relaxar. Não podemos baixar a guarda (…). Lutámos muito durante todo o ano, unidos, e estamos perante este último esforço”, disse o chefe do executivo de esquerda durante um debate no parlamento em que deu conta da situação sanitária no país, que tinha prometido fazer de dois em dois meses enquanto estiver a vigorar o estado de emergência.
Pedro Sánchez pediu aos cidadãos que façam um esforço derradeiro e que não baixem a guarda às portas do início da vacinação, prevista para o início de 2021. “Não vamos deitar tudo a perder. Depende de nós não abrir a porta a uma terceira vaga”, disse o chefe do Governo.
No entanto, o chefe do Governo espanhol manifestou-se convicto de que o país está agora a entrar numa “terceira e última fase” que representa “o início do fim” da pandemia, com a estratégia de vacinação, para a qual garantiu que a Espanha está pronta.
“A Espanha está pronta, todas as suas instituições estão prontas para enfrentar esta estratégia de vacinação”, disse Sánchez que recordou que o país foi, juntamente com a Alemanha, o primeiro país da União Europeia a ter um plano de vacinas.
O primeiro-ministro confirmou que haverá 13.000 locais de vacinação em todo o território para garantir que todos os grupos prioritários tenham acesso à vacina na primeira fase, um total de 2,5 milhões de espanhóis.
O Executivo, disse Sánchez, acredita que na segunda fase da vacinação, de maio a junho, entre 15 e 20 milhões de espanhóis serão vacinados.
O líder da principal formação da oposição, Pablo Casado, do Partido Popular (direita), fez uma intervenção muito dura contra o Governo de coligação formado pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e a Unidas Podemos (extrema-esquerda). “Nada mudou nestes seis meses, ainda estamos numa crise muito grave em Espanha”, disse Pablo Casado que voltou a criticar a gestão feita pelo Governo da crise provocada pela pandemia de Covid-19.
O líder do PP exigiu que Pedro Sánchez pedisse desculpa por dirigir um governo “incompetente, que mentiu e é tão arrogante que não é capaz de reconhecer os danos infligidos” pela gestão da pandemia do novo coronavírus.
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