OMS recomenda ficar em casa e evitar reuniões familiares no Natal
Não visitar familiares no Natal e ficar em casa é o mais seguro a fazer, salienta a Organização Mundial de Saúde.
O Escritório Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa defendeu esta sexta-feira que o mais seguro em termos de saúde é não visitar familiares nas férias de Natal e ficar em casa.
“Há uma diferença entre o que as autoridades permitem e o que é suposto fazer. O mais seguro agora é ficar em casa”, recomendou em comunicado o diretor da OMS Europa, Hans Kluge.
Kluge apela ao “espírito coletivo” na época natalícia para ajudar a ultrapassar os desafios trazidos pela pandemia e pelas restrições na saúde mental das comunidades, que sofreram com o medo de transmissão do vírus, o isolamento, o desemprego, as preocupações financeiras e a exclusão social.
“Reconhece que, embora separado dos teus entes queridos, não estás sozinho. Reacende o espírito coletivo que existe durante a crise: comunica, conecta-te, apoia-te. Lembra-te que o mais seguro é estar em casa”, aconselha Kluge.
“Quando olharmos para trás, para esses tempos sem precedentes, espero que todos sintamos que agimos com um espírito de humanidade compartilhada para proteger os necessitados”, disse o diretor da OMS Europa, sublinhando que ainda vai haver mais alguns meses de “sacrifício pela frente”.
Num comunicado lançado há dois dias, o Escritório Regional pediu às famílias para praticarem o distanciamento e usarem máscara dentro de casa durante as festividades porque “pode ser incómodo, mas contribui de forma significativa para que todos estejam seguros e saudáveis”. Recomendava ainda que se evitem as aglomerações nas viagens para reuniões familiares.
Kluge recordou hoje os mais de 23 milhões de casos no continente e mais de meio milhão de mortes “trágicas”, numa altura em que o número diário de fatalidades por Covid-19 permanece com “as taxas mais altas desde o início do ano” e a transmissão continua “intensa e generalizada”.
Em Portugal, morreram 5.902 pessoas dos 362.616 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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