Privados já disponibilizaram 889 camas para não-Covid e 160 para doentes com o vírus
A região Norte é a que conta com mais camas disponibilizadas pelos privados para doentes não-Covid, 506, seguida de Lisboa e Vale do Tejo, onde são 257.
Os hospitais privados já disponibilizaram ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) 889 camas para doentes não-Covid e tem 160 camas ocupadas por aqueles infetados pelo novo coronavírus, adiantou a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) ao ECO. Isto numa altura em que o aumento das hospitalizações nesta terceira vaga da pandemia está a colocar uma enorme pressão sobre o SNS.
Quanto à distribuição das camas que não se destinam a doentes com Covid-19 disponibilizadas pelo país, a maioria (506) localiza-se na região Norte, revela a mesma fonte. Já em Lisboa e Vale do Tejo são 257, enquanto no Centro se contam 81 camas e no Algarve 45.
Já camas para doentes Covid encontram-se 100 em Lisboa e 60 no Porto. Entre as 160 camas, 120 são do SNS e 40 de seguradoras.
O aumento de casos após o período do Natal e do Ano Novo, que motivou o Governo a avançar para um confinamento geral, levou a um maior número de hospitalizações. De acordo com os dados mais recentes da Direção Geral de Saúde (DGS), existem, no total, 5.493 doentes com Covid-19 internados no país, 681 dos quais em unidades de cuidados intensivos.
A ministra da Saúde já alertou, este fim de semana, que a “situação é de elevadíssima pressão sobre todo o sistema de saúde português”. Marta Temido adiantou que foram acionados acordos com os hospitais privados CUF, Lusíadas e Luz Saúde, mas não foi ainda feita nenhuma requisição civil.
Perante a situação difícil no SNS, os partidos de esquerda têm vindo a apelar ao Governo que avance para uma requisição civil da capacidade instalada no setor privado, na Saúde. No entanto, o Executivo diz que dá preferência a chegar a acordo com os prestadores privados. O Governo não exclui, ainda assim, a possibilidade de requisitar se for necessário.
Questionado sobre o assunto no Parlamento, esta terça-feira, Costa reiterou que os instrumentos da lei devem ser usados quando necessário e admite fazê-lo, se necessário, mas neste momento é preciso “não criar conflitos onde eles não se justificam”. O objetivo é chegar a acordo com o setor privado “sempre que possível e tanto quanto necessário”. “O Governo não prescinde de utilizar a medida da requisição. Não chegamos ainda a esse ponto e espero bem que não se chegue a esse ponto”, disse.
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