Vendas de automóveis de passageiros arrancam o ano com queda de 30,5%
Em janeiro, foram matriculados, pelos representantes legais de marca a operar em Portugal, 12.512 veículos automóveis, revela a ACAP. Vendas de ligeiros de passageiros ascenderam a 10.029.
Se 2020 foi um ano “negro” para o setor automóvel, 2021 não arranca melhor. Em janeiro, foram matriculados, pelos representantes legais de marca a operar em Portugal, 12.512 veículos automóveis, um número que representa uma quebra de 28,5% face a igual mês do ano passado. As vendas de ligeiros de passageiros recuaram ainda mais: 30,5%.
De acordo com dados da ACAP, o mercado encolheu 28,5%, sendo que esta variação negativa vai desde a quebra de 19,2% nas matrículas de ligeiros de mercadorias até à de 20,8% no caso dos veículos pesados. A pesar nas contas esteve principalmente a comercialização de automóveis ligeiros de passageiros.
"É de salientar que esta queda não foi superior, porque no mês de janeiro foram matriculadas várias centenas de veículos híbridos, cujo imposto foi liquidado em 2020.”
“Foram matriculados em Portugal 10.029 automóveis ligeiros de passageiros novos” no primeiro mês do novo ano, ou seja, “menos 30,5% do que no mês homólogo do ano anterior”, diz a associação que representa o setor.
“É de salientar que esta queda não foi superior, porque no mês de janeiro foram matriculadas várias centenas de veículos híbridos, cujo imposto foi liquidado em 2020“, nota. Ou seja, em janeiro ainda não se fez sentir o efeito do agravamento do ISV sobre estes modelos, que está previsto passar a vigorar como foi aprovado no Orçamento para 2021.
Não houve impacto da revisão da fiscalidade nos híbridos, mas houve da pandemia. No primeiro mês do ano, Portugal, bem como outros países europeus e do resto mundo, sentiram um forte impacto da terceira vaga de Covid-19. O Governo decretou um novo confinamento geral que levou a que a 23 de janeiro os stands tivessem de fechar portas. As vendas continuam, mas são apenas realizadas online.
Peugeot lidera vendas. Renault perde 57%
Entre os ligeiros de passageiros, foi a Peugeot que liderou as vendas neste arranque de ano, segundo a ACAP. A marca do leão assumiu a liderança ao matricular 1.354 unidades, menos 15% que no mesmo mês de 2020, superando a Mercedes e a BMW, que também apresentaram números de novos registos acima da fasquia do milhar.
A Renault, líder há mais de duas décadas no mercado nacional, sofreu um forte rombo nas vendas. A marca francesa apresentou uma quebra de mais de 57% no número de automóveis registados o que a atirou para a 5.ª posição no ranking, atrás da Toyota.
Enquanto Citroën, Nissan e Seat registaram quebras de mais de 50%, a VW perdeu mais de 40%, mas houve marcas que conseguiram apresentar números melhores que os do arranque de 2020. É o caso da Honda, que cresceu 28,8%, mas especialmente da Lexus, que tem uma forte aposta em híbridos. Os registos mais do que duplicaram: cresceu 120%.
No segmento de luxo, a Bentley matriculou mais 50%. Em vez de duas unidades, comercializou três, enquanto a Lamborghini vendeu exatamente os mesmos três automóveis. A Porsche, que domina este mercado, registou 38,9% menos unidades. Foram registados 58 veículos da fabricante germânica em janeiro.
(Notícia atualizada às 16h33 com mais informação)
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