Preço das casas sobe em todas as freguesias do Porto. Em Lisboa há descidas até 8%
As casas ficaram mais caras em todas as freguesias da Invicta no terceiro trimestre, mas o mesmo não aconteceu em Lisboa. Houve seis freguesias em que os preços desceram.
A pandemia não foi capaz de fazer descer os preços das casas a nível nacional, mas, pelo menos, tem conseguido abalar a sua evolução. No terceiro trimestre do ano passado, as casas ficaram 7,6% mais caras, com o preço mediano nacional a fixar-se nos 1.168 euros por metro quadrado, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Numa análise às duas principais cidades do país, o Porto confirma esta contínua subida dos preços, mas o mesmo não acontece em Lisboa, onde há freguesias onde as casas ficaram mesmo mais baratas.
Apesar de ser uma subida de 7,6% face ao terceiro trimestre de 2019, este número mostra uma desaceleração no ritmo de crescimento dos preços, tal como aconteceu entre abril e junho do ano passado. Isto é, embora os preços continuem a subir, estão a subir a um ritmo mais lento.
Rumo ao Norte, à cidade do Porto, as sete freguesias da Invicta viram os preços das casas subirem, mas nem todas viram o ritmo de evolução acelerar. No terceiro trimestre do ano passado, a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde era a mais cara, com um preço mediano de 2.787 euros por metro quadrado, equivalente a uma subida de 15,5%.
Já Campanhã continua a ser a freguesia mais barata do Porto, com um preço de 1.297 euros por metro quadrado. Comprar um T2 com 70 metros quadrados poderia custar cerca de 195.000 euros na União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde e cerca de 90.000 euros em Campanhã.
Se analisarmos a evolução dos preços, é Paranhos quem apresenta uma maior subida: 17,9% para 1.847 euros por metro quadrado (+17,4% no segundo trimestre do ano passado). A menor subida cabe a Ramalde, onde os preços aumentaram apenas 4,1% para 1.745 euros por metro quadrado (+4,8% no segundo trimestre do ano passado). Comprar um T2 com 70 metros quadrados pode custar cerca de 130.000 euros em Paranhos e cerca de 122.000 euros em Ramalde.
Como referido anteriormente, apesar de os preços terem subido em todas as freguesias, o ritmo de evolução difere: em Paranhos o ritmo de crescimento aumentou, mas em Ramalde abrandou.
Preços das casas caem em seis freguesias de Lisboa
Lisboa continua a destacar-se quando o assunto são os preços das casas. A capital continua a ter o título de cidade mais cara para viver, com um preço mediano de 3.375 euros por metro quadrado, apesar da queda de 1,9% dos preços no terceiro trimestre face ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, mantém, no acumulado do ano, uma subida de 5,3% na comparação homóloga.
Contrariamente ao verificado no Porto, entre as 24 freguesias de Lisboa, contam-se seis em que os preços das casas efetivamente caíram face ao terceiro trimestre de 2019. São elas Ajuda (-8,1% para 3.027 euros por metro quadrado), Campo de Ourique (-5,6% para 3.687 euros/m2), S. Vicente (-4,9% para 3.300 euros/m2), Avenidas Novas (-4,6% para 3.645 euros/m2), Beato (-3,6% para 2.296 euros/m2) e Marvila (-2,8% para 2.765 euros/m2).
No lado oposto, as maiores subidas de preço aconteceram nas freguesias de Santa Maria Maior (20,7% para 5.372 euros/m2), Estrela (18,1% para 4.223 euros/m2) e Santo António (13,3% para 5.540 euros/m2).
No que diz respeito às freguesias mais baratas e mais caras para comprar casa, Santo António continua com o título de zona mais cara para viver, com o metro quadrado a custar 5.540 euros, enquanto Santa Clara se mostra a mais em conta (2.102 euros/m2). Comprar um T2 com 70 metros quadrados poderia custar cerca de 387.000 euros em Santo António (o dobro da freguesia mais cara do Porto) e cerca de 147.000 euros em Santa Clara.
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