Impactos setoriais da bazuca europeia podem ser mais positivos que previsto, admite ministro do Planeamento
O plano de recuperação e resiliência português terá impacto no peso das exportações, que podem chegar a corresponder a 50% do PIB em 2026.
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português, para aceder às verbas europeias, poderá ter um impacto económico mais positivo do que o inicialmente previsto, admite o ministro do Planeamento. Nelson de Souza não adianta valores relativamente aos efeitos no Produto Interno Bruto (PIB), mas aponta que os cálculos estão a ser revistos.
Nas previsões de outubro, o Governo estimava um impacto positivo de 0,4 pontos percentuais no PIB do país. “Neste momento estamos a rever os cálculos, que foram feitos antes do verão do ano passado, os dados macroeconómicos alteraram-se substancialmente“, indicou o ministro, em entrevista à RTP3.
Para já, o que o Governo adianta são impactos de algumas medidas de natureza mais económica e empresarial, que apontam para um aumento do peso da exportações, para 50% do PIB até 2026 e 60% até 2030, e a “criação de perto de 15 mil postos trabalho qualificados no âmbito das medidas de apoio à inovação empresarial”, destacou Nelson de Souza.
Estes são “números de impactos setoriais que apontam para valores de impacto macroeconómico porventura mais positivos, substantivos do que aqueles a que chegamos no relatório preliminar”, reiterou o ministro. Quanto aos primeiros pagamentos, as expectativas são que “possam ainda chegar antes do verão, durante a presidência portuguesa”.
No que diz respeito à fiscalização destes fundos, o Governo prevê o “reforço proporcional ao aumento dos recursos que estão aqui em causa”, explicou o ministro. “Não temos medidas especiais de fiscalização, os nossos sistemas de controlo e auditoria na aplicação de fundos estruturais têm provado bem, resultados até agora têm gerado confiança por parte das autoridades comunitárias”, sublinha.
Desta forma, serão ajustados e reforçados os “mecanismos na aplicação do pacote adicional”. Nelson de Souza apontou que, a par da “velocidade com que temos de aplicar recursos” e a “qualidade” requerida aos projetos, há a “vertente de continuar a velar pela boa aplicação de fundos, não só porque o exigem regulamentos comunitários mas também porque é dever do Governo proceder desta maneira”.
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