BCE pouco ambicioso no combate às alterações climáticas
O jornal Financial Times escreve este domingo que estratégias mais agressivas para o combate às alterações climáticas não estarão a merecer apoio no seio do conselho de governadores do BCE.
Há um consenso alargado no Banco Central Europeu (BCE) sobre a necessidade de combater a emergência climática, mas é improvável que o conselho de governadores adote medidas agressivas para forçar uma economia mais verde.
A nova revisão estratégica do BCE estará, por isso, mais focada em melhorias nos modelos de medição do risco e em obrigações de divulgação de informação, estando afastada a possibilidade de o BCE comprar mais das chamadas “obrigações verdes”, noticia o Financial Times (acesso pago), que cita três membros do conselho.
O jornal financeiro escreve este domingo que o BCE deverá desapontar os ativistas pelo combate às alterações climáticas. Estes têm apelado ao banco central para que use as ferramentas à sua disposição para promover investimentos mais sustentáveis numa economia com menos emissões de carbono.
Uma das possíveis medidas passaria por um programa de quantitative easing mais verde, que desse primazia às “obrigações verdes” (as chamadas green bonds) e evitasse os fortes emissores de carbono. Esta seria ainda uma forma de financiar projetos mais favoráveis do ponto de vista do clima.
No entanto, escreve o FT, este tipo de medidas não granjeia de apoio expressivo entre o conselho de governadores, onde são mais os adeptos de deixar a questão ao cuidado dos governos.
O jornal cita ainda um membro do conselho que apoia a ideia de o BCE facultar empréstimos com taxas de juro mais reduzidas aos bancos que deem crédito para propósitos mais “verdes”, como crédito à habitação para casas com maior eficiência energética”. Mas a ideia mereceu pouco apoio, de acordo com o próprio.
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