Não havia tantos desempregados inscritos no IEFP desde 2017
O número de desempregados inscritos no IEFP aumentou 32,4% em janeiro, face ao mesmo mês de 2020, tocando em máximos de maio de 2017.
Em janeiro e pelo segundo mês consecutivo, o número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) aumentou. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira, no fim do primeiro mês de 2021, havia 424.359 indivíduos desempregados inscritos nos centros de emprego, valor mais alto desde 2017. Em causa está um aumento de 5,5% face ao mês anterior e de 32,4% face ao período homólogo. Ainda assim, janeiro foi sinónimo de um salto considerável nas ofertas captadas (aumentaram 27%) e nas colocações (dispararam quase 60%).
“No fim do mês de janeiro de 2021, estavam registados, nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas, 424.359 indivíduos desempregados, número que representa 71,2% de um total de 596.290 pedidos de emprego. O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2020 (+103.801 indivíduos; +32,4%) e face ao mês anterior (+22.105 indivíduos; +5,5%)”, explica o IEFP, na nota estatística divulgada esta segunda-feira.
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social frisa, ainda assim, que janeiro fica marcado tradicionalmente por um aumento do universo de desempregados. A variação média entre dezembro e janeiro é de 3,5% desde 1898. Isto porque nos últimos meses de cada ano costuma registar-se uma subida das ofertas de emprego relacionada com a quadra festiva, verificando-se depois um recuo no início do ano seguinte.
Janeiro de 2021 confirmou essa tendência, mas o salto registado ficou acima da média das últimas décadas, até porque no primeiro mês do presente ano houve um agravamento da pandemia e, em consequência, um novo confinamento do país, com o encerramento e suspensão de vários setores de atividade por imposição legal e administrativa.
No total, no final de janeiro, havia 424.359 indivíduos desempregados inscritos no IEFP, número mais elevado desde maio de 2017, altura em que havia 432.274 desempregados nessa situação.
O IEFP sublinha, por outro lado, que, em termos homólogos, o Algarve destacou-se, com um salto de 61,3% do número de desempregados, seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo (com um aumento de 45,3%) e da Madeira (com uma subida de 30%). Já a região dos Açores foi a que menos viu o universo em causa dilatar-se, tendo registado um aumento de menos de 1%, face ao período homólogo.
É importante salientar, além disso, que o desemprego agravou-se nos três setores de atividade, face ao mês homólogo de 2020, com os serviços a destacarem-se com um salto de 37,6%. No alojamento, restauração e similares — a atividade mais afetada pela pandemia e pelas restrições impostas em resposta — o aumento foi de 59,9%.
Por outro lado, janeiro foi sinónimo de uma subida de 27% das ofertas captadas, face a dezembro, para 9.868 ofertas e de 59,9% das colocações em emprego para 7.405.
(Notícia atualizada às 11h33)
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