Frasquilho promete reforçar ligações da TAP no Porto e Faro
O chairman da TAP explicou que os 88 aviões são suficientes para responder à retoma da atividade e lembra que a frota será ainda assim superior à de 2015.
O chairman da TAP considera que o plano de reestruturação é “duro”, mas rejeita que vá resultar numa “TAPzinha”. Em audição parlamentar, Miguel Frasquilho diz que a redução da frota — para 88 aviões — não irá comprometer as ligações internacionais e promete até um reforço da atividade no Porto e Faro.
“Este plano não fará da TAP uma TAPzinha. É verdade que prevemos reduzir a nossa frota para 88 aeronaves, mas relembro que ainda assim será um número de aviões superior aos 75 que a TAP tinha em 2015, aquando da privatização”, começou por dizer Frasquilho aos deputados da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
“Esta dimensão permite à TAP manter o seu modelo de conexão intercontinental (modelo de hub & spoke) que liga a Europa às Américas e a África, e que nos vai permitir manter, e até mesmo reforçar, a missão das nossas operações em cidades como o Porto e Faro, através da TapExpress“, garantiu o gestor.
A renegociação com a Airbus para adiar a entrega de 15 aeronaves de 2020 para 2022 e a venda de outras oito aeronaves estão entre as principais medidas para reduzir os custos operacionais, sendo que a TAP espera uma poupança de 1,3 mil milhões de euros. Não é ainda conhecido o desenho das rotas adaptado já à redução da frota, mas Frasquilho promete “empenho” na coesão territorial.
“É nossa intenção que a operação possa ser reforçada noutros pontos do país, como Porto, Faro e também nos Arquipélagos da Madeira e dos Açores, sem perder de vista que o nosso hub é em Lisboa“.
O ajustamento da capacidade (através da otimização da rede e do dimensionamento da frota) é um dos principais eixos para o plano de reestruturação da TAP, a par da otimização dos custos operacionais (negociação de leasings, revisão de custos com terceiros, ajuste dos custos laborais), da melhoria da receita (receitas de passageiros, operação de carga, entre outras), da venda de ativos (como a Engenheira e Manutenção do Brasil) e da melhoria da estrutura do balanço.
Estas iniciativas pretendem levar a TAP a atingir o breakeven em 2023 e fluxo de caixa (para pagar dívida) em 2025. “Tivemos sempre a preocupação de elaborar um plano que fosse prudente, resiliente e credível. Um plano que não foi uma opção, mas sim uma necessidade para podermos salvar a companhia”, referiu Frasquilho.
(Notícia atualizada às 15h00)
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