Pandemia tirou quase um terço do negócio ao Algarve
A partir da faturação registada pelo E-Fatura foi possível perceber que os negócios no Algarve registaram uma redução de quase 30% durante a pandemia.
A pandemia atirou a economia ao tapete, mas a redução da atividade económica por causa do vírus fez se sentir sobretudo no Algarve, Madeira e Lisboa. Estas regiões registaram quebras da faturação acima da média do país no ano passado, com a região algarvia, com forte pendor turístico, a ver o volume de negócios cair quase 30% entre março e dezembro.
Os dados foram publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e permitem perceber o impacto económico do confinamento e da pandemia ao nível das regiões através do sistema E-Fatura, da Autoridade Tributária.
Portugal registou uma quebra de 14,3% no valor da faturação entre março (quando foi registado o primeiro caso) e dezembro, “destacando-se com valores superiores à média nacional, o Algarve (-27,4%), a Região Autónoma da Madeira (-21,6%) e a Área Metropolitana de Lisboa (-18,2%)”, adianta o INE.
O primeiro confinamento teve mais impacto. A contração da faturação foi mais acentuada de março a julho (-18,9% em Portugal) do que no período de agosto a dezembro (-9,8%).
Embora o Algarve tenha sido a região mais penalizada, foram os grandes centros urbanos que mais contribuíram para a redução da faturação a nível nacional: mais de 70% da diminuição registada em Portugal de março a dezembro de 2020 deveu-se à redução do valor de faturação nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Algarve, Madeira e Lisboa foram as regiões mais afetadas
O INE dá conta ainda desta curiosidade: apenas seis sub-regiões, todas da região Norte, incluindo a área metropolitana do Porto apresentaram, simultaneamente, um número de casos confirmados por 100 mil habitantes superior ao valor do país e uma redução do valor faturado inferior à do país.
Por outro lado, Algarve, Madeira, Alentejo Litoral e área metropolitana de Lisboa apresentaram um número de casos confirmados abaixo da média do país mas uma contração do valor faturado relativamente mais acentuada.
Por setor de atividade, os valores de faturação das Atividades de alojamento e das Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas representaram menos de metade do valor faturado no mesmo período de 2019, confirmando-se o turismo e a cultura como os setores mais afetados pela pandemia.
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