País poderá ter novo “termómetro” de risco. Nível máximo é acima dos 240 casos por 100 mil habitantes
Na reunião do Infarmed foi proposto que o nível máximo de risco da Covid-19 no país seja uma incidência superior a 240 casos por 100 mil habitantes, a 14 dias.
Numa altura em que o Governo se prepara para apresentar o plano de desconfinamento do país, os peritos que participaram na reunião do Infarmed, esta segunda-feira, apresentaram as sugestões para o desenho do levantamento de medidas. É proposto um novo “termómetro” do risco no país, ou seja, novos níveis consoante a incidência do vírus.
Na reunião desta segunda-feira, Óscar Felgueiras, da Administração Regional de Saúde do Norte e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, apresentou um plano para desconfinamento que tem em conta o “consenso chegado ao valor de 240 novos casos por 100 mil habitantes” como o patamar mais elevado.
Os patamares de risco para o país são assim desenhados consoante a incidência a 14 dias:
- Nível 5 – risco elevado – acima de 240 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias
- Nível 4 – risco alto – acima de 120 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias
- Nível 3 – risco médio – acima de 60 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias
- Nível 2 – risco baixo – acima de 30 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias
- Nível 1 – risco muito baixo – até 30 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias
O perito sugeriu também que o nível de risco dos concelhos fosse determinado tendo em conta os concelhos limítrofes. Estes níveis teriam ainda em conta um indicador adicional, que o especialista propõe que seja o crescimento percentual a 14 dias. Conjugando os indicadores, uma aceleração no crescimento deveria levar a que aumentasse o patamar de risco.
De recordar que, até agora, os concelhos com menos de 240 casos por 100 mil habitantes são considerados de risco “moderado”, os concelhos com mais de 240 e até 480 casos por 100 mil habitantes de risco “elevado”, os concelhos com mais de 480 novos casos e até 960 casos encontram-se em risco “muito elevado” e os concelhos com mais de 960 casos por 100 mil habitantes têm risco “extremamente elevado”.
Apesar desta divisão, atualmente o confinamento é aplicado a nível nacional, sem distinguir por regiões as medidas restritivas. No entanto, no plano de desconfinamento a ser apresentado pelo Governo daqui a três dias, deverão ser contempladas algumas medidas a nível regional.
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