MAI diz que na próxima semana “não haverá viagens turísticas” para Portugal
"Só serão admitidos os que para aqui se deslocam em deslocações essenciais", disse Eduardo Cabrita, no encerramento do debate sobre a renovação do estado de emergência.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou esta quinta-feira que na próxima semana “não haverá viagens turísticas” para Portugal, apenas deslocações essenciais, e será reforçado o controlo das fronteiras terrestres.
No debate de encerramento sobre a renovação do estado de emergência, Eduardo Cabrita frisou que se mantêm suspensos os voos para o Brasil e para o Reino Unido e que estão a ser verificados os que chegam a Portugal “por via indireta” desses países, bem como da África do Sul.
“Na próxima semana, para Portugal não haverá viagens turísticas, só serão admitidos os que para aqui se deslocam em deslocações essenciais, são essas as formas de garantir a nossa segurança sanitária, tal como o reforço acrescido de manutenção nas fronteiras terrestres”, afirmou.
Na sua intervenção, o ministro defendeu que a “testagem massiva já começou”, nomeadamente no setor da Educação, e será regular nos municípios com mais casos.
Já no plano de vacinação, Cabrita criticou o “atraso generalizado das farmacêuticas”, mas deixou um desafio aos partidos.
“Gostaria de saber qual é o grupo parlamentar que acha que estaríamos melhor se estivéssemos ao lado dos que, querendo quebrar a unidade europeia, quisessem sozinhos estar a negociar vacinas sabe-se lá com quem. Não, o nosso caminho é com a Europa”, afirmou.
Cabrita referiu que nos próximos dias será ultrapassado o meio milhão de portugueses já com as duas doses das vacinas e que dois terços dos idosos com mais de 80 anos já estão vacinados.
Ao nível dos apoios económicos, o ministro salientou que 672 mil portugueses beneficiaram já dos “apoios extraordinários” à situação económica e 847 milhões de euros foram mobilizados para apoiar o emprego.
“Não, não são anúncios. Não, não são promessas. São recursos reais que foram já pagos a cidadãos concretos”.
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