Costa espera que conferência sobre Europa ajude a ultrapassar divisões
O primeiro-ministro considera que a conferência sobre o Futuro da Europa vai permitir aos Estados-membros "ter um debate aberto e franco sobre como ultrapassar as divisões e reforçar o que nos une".
O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje esperar que a Conferência sobre o Futuro da Europa ajude a “ultrapassar as divisões” entre os Estados-membros, admitindo que nem todos partilham a mesma visão sobre o futuro da UE.
O chefe de Governo e presidente em exercício do Conselho da UE intervinha, por videoconferência, num evento celebrado esta segunda-feira em Roma, em formato híbrido, organizado pelos Socialistas Europeus, dedicado à Conferência sobre o Futuro da Europa, cujo lançamento oficial terá lugar no próximo domingo, 9 de maio, Dia da Europa, em Estrasburgo.
“Sabemos que os Estados-membros, mesmo na nossa família, não partilham todos da mesma visão sobre a Europa, do futuro, ou do futuro da Europa. A conferência permitir-nos-á ter um debate aberto e franco sobre como ultrapassar as divisões e reforçar o que nos une. Isto é o que sempre fizemos como comunidade nas últimas décadas”, declarou António Costa.
Sublinhando que “a Europa está a enfrentar uma crise sem precedentes”, causada pela pandemia da Covid-19, “que trouxe incerteza, ansiedade e medo”, o primeiro-ministro reiterou que “a Conferência sobre o Futuro da Europa é uma forte mensagem de confiança e esperança” no futuro comum, enviada aos cidadãos. “Confiança de que iremos superar a pandemia e a crise, e esperança de que, juntos, construiremos a Europa verde e digital, onde todos têm o futuro”.
António Costa sublinhou por isso que “esta não pode ser uma conferência de instituições, discutindo instituições”, mas deve ser, isso sim, “uma conferência de cidadãos europeus, discutindo o que eles querem, e como querem construir a Europa do futuro”.
“A Conferência sobre o Futuro da Europa reunirá os europeus para discutir as suas principais preocupações e as suas expectativas com os seus representantes. Os partidos políticos progressistas têm um papel central neste debate. As políticas públicas devem fornecer respostas concretas às necessidades diárias dos nossos cidadãos. Ninguém se pode sentir deixado para trás. E agora chegou o momento de agir e de construirmos juntos uma sociedade mais justa”, concluiu.
Prevista originalmente para ‘arrancar’ em maio de 2020 e durar dois anos, a conferência foi adiada não só devido à pandemia da covid-19, mas também a diferenças em torno do modelo de governação deste fórum – ultrapassadas já durante a presidência portuguesa do Conselho da UE neste primeiro semestre de 2021 -, e prolongar-se-á por sensivelmente um ano, até à primavera de 2022.
A Conferência sobre o Futuro da Europa é presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, durante a presidência rotativa do Conselho da UE – até final de junho, sendo sucedido pelo chefe de Governo da Eslovénia -, pelo presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
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