GreenVolt quer aumentar lucros em 40% ao ano até 2025
Empresa liderada por Manso Neto prevê um forte crescimento do negócio de energias verdes até 2025. Estima um aumento médio anual do EBITDA e dos lucros de 40%.
A GreenVolt, subsidiária da Altri que está a estudar a entrada na bolsa de Lisboa, fechou 2020 com um EBITDA de 33 milhões de euros. Resultados operacionais têm vindo a crescer a um ritmo médio de 35%, mas o ritmo deverá aumentar nos próximos anos, chegando aos 40% ao ano até 2025. E os lucros seguirão o mesmo ritmo de crescimento.
De acordo com uma apresentação enviada pela empresa liderada por Manso Neto à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os últimos anos têm sido de crescimento do negócio de energias “verdes” da Altri. As receitas cresceram a um ritmo médio de 33% entre 2018 e 2020, para 90 milhões de euros, enquanto o EBITDA aumentou em 35% para 33 milhões.
Tudo isto foi conseguido exclusivamente através do negócio da biomassa, mas com a diversificação da carteira de investimentos o crescimento vai acelerar. Considerando os negócios da biomassa (50%), solar e eólico (os restantes 50%), a GreenVolt aponta para um crescimento médio anual de 40% do EBITDA até 2025, antecipando o mesmo ritmo para os resultados líquidos.
Este forte crescimento será suportado pelo avultado pipeline de projetos eólicos e solares. A empresa aponta para cerca de 3,7 GW em carteira, com grande partes a serem resultado do “memorando de entendimento com natureza não vinculativa” firmado recentemente com a V-R Europe.
Com a operação em causa, a GreenVolt “passará a deter a totalidade do capital social e direitos de voto da V-Ridium [subsidiária da V-R Europe], passando por sua vez a V-R Europe a ser titular de uma participação qualificada no capital social da GreenVolt, em percentagem determinável no IPO [oferta pública inicial]”.
A GreenVolt poderá, com este acordo, ter acesso a um pipeline de “projetos eólicos e solares, maioritariamente na Polónia e na Grécia, com cerca de 2.800 MW, dos quais mais de 1.500 MW se encontram em fase adiantada de desenvolvimento”.
Mais de dois séculos de experiência
As perspetivas são positivas, mas há muito trabalho a fazer por parte desta nova empresa que poderá, em breve, vir a estar cotada na bolsa nacional. Para o fazer, a GreenVolt conta, diz, com muita experiência acumulada. São mais de “250 anos” de experiência, em conjunto, com Manso Neto a ser o principal destaque da gestão.
Manso Neto, o CEO da GreenVolt, tem um passado no negócio das energias renováveis, tendo sido o responsável pela estratégia seguida pela EDP Renováveis. Mas a ele juntam-se Radek Nowak, da V-Ridium, com mais de 20 anos de experiência, mas também várias outras caras da Altri, desde Ricardo Ferreira a Pedro Baptista ou Miguel Valente.
(Notícia atualizada às 17h43 com mais informação)
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