Centeno duvida que seja possível Novo Banco comprar EuroBic
Governador não vê compatibilidade de calendário para que o Novo Banco possa avançar para a compra do EuroBic, pois está impedido de fazer aquisições até final do ano.
Mário Centeno duvida que seja possível o Novo Banco comprar o EuroBic. O governador do Banco de Portugal não vê compatibilidade de calendário para que o banco liderado por António Ramalho possa avançar para a compra do banco de Isabel dos Santos, pois está impedido de fazer aquisições até final do ano.
“O Eurobic está num processo de venda neste momento, que eu saiba o Novo Banco não pode fazer aquisições neste momento”, começou por explicar Centeno na comissão de inquérito ao Novo Banco.
“O Novo Banco tem de ser liberto pela Comissão Europeia dessas restrições. Isso não é um processo que eu veja compatível com o calendário que existe para a compra do EuroBic”, acrescentou o governador.
O Jornal Económico avançou que o Novo Banco estava no lote de interessados na aquisição do EuroBic, que foi colocado à venda pelos acionistas há um ano sequência da polémica em torno do Luanda Leaks.
Em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, e questionado sobre o interesse no EuroBic, António Ramalho deixou pistas sobre qual a posição do banco neste processo. “Em 2020/2021, o banco deu um sinal muito claro ao mercado e abandonou todas as operações estrangeiras para se concentrar em Portugal. Vendemos a última operação relevante estrangeira que era a operação em Espanha. Isso significa que a nossa prioridade está na economia portuguesa, está nos particulares, nos negócios e nas empresas, é o financiamento da economia portuguesa que nos preocupa.”
De acordo com o contrato negociado com Bruxelas, o Novo Banco não pode fazer aquisições de outros bancos até ao fim do período da reestruturação, que termina a 31 de dezembro.
“Prémios neste contexto? Hum”
Sobre os prémios à gestão do Novo Banco Centeno insistiu que “são um erro, não cabe na politica atual do banco tomar essas decisões, e não deveria ser feito”.
Mais tarde voltou ao tema: “É um erro do ponto de vista reputacional de todas as dimensões que possamos imaginar. É muito bom que haja prémios, sou totalmente favorável. Às vezes não é o resultado final do ano que determina os prémios. Agora, neste contexto? Hum.”
E deixou ainda uma observação curiosa sobre António Ramalho: “António Ramalho é CEO do Novo Banco. Não fui eu que o escolhi. (…) Tem-se vindo a explicar umas vezes melhor, outras vezes pior“.
(Notícia atualizada às 18h58)
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