Costa quer que certificado Covid também funcione no Reino Unido
O primeiro-ministro português pretende que o certificado digital Covid da UE seja reconhecível nas viagens entre a União Europeia e o Reino Unido, apesar de já não ser Estado-membro.
António Costa fez um apelo à Comissão Europeia (CE) durante o Conselho Europeu desta terça-feira para que haja acordos com países terceiros à União Europeia (UE) sobre o certificado digital Covid-19. Na conferência de imprensa após o encontro com os seus pares europeus, o primeiro-ministro português afirmou que deve haver um reconhecimento mútuo do certificado noutros países além dos 27 Estados-membros, nomeadamente no Reino Unido.
“Fizemos um apelo à Comissão para que, agora que se fixou o certificado digital, se possam estabelecer acordos com países terceiros, com prioridade, do nosso ponto de vista, ao Reino Unido, tendo em vista poder também harmonizar as condições de circulação“, revelou António Costa, argumentando que o “reconhecimento mútuo” do certificado digital iria ajudar “muito” a fluidez da circulação entre Portugal e o Reino Unido. O primeiro-ministro recordou que os britânicos são os principais clientes do turismo nacional.
O arranque deste sistema será feito em breve. “A Comissão informou que do ponto de vista operacional tem tudo pronto para no próximo dia 1 [de junho] começar” a implementação do acordo alcançado entre a presidência portuguesa do Conselho da UE e o Parlamento Europeu sobre o certificado digital, disse Costa, referindo que o sistema começará a ser testado entre os países.
“O objetivo é que entre em vigor a 1 de julho”, acrescentou o primeiro-ministro, assumindo que junho será um “mês de testes” deste mecanismo de reconhecimento mútuo, entre os 27 Estados-membros, de certificados que facilitem a liberdade de circulação na UE. Em junho haverá também um ajuste nas regras das viagens no interior da UE e na lista final de países exteriores à UE.
O documento será emitido em três situações: se foi vacinado contra o novo coronavírus ou se desenvolveu anticorpos contra o Sars-CoV-2, por ter sido infetado, ou se fez, recentemente, um teste negativo à Covid-19.
Na mesma conferência de imprensa, Costa destacou também a “condenação unânime” do Conselho Europeu relativamente à “operação de terrorismo de Estado” levado a cabo pela Bielorrússia com o sequestro do avião da Ryanair que voava entre Atenas (Grécia) e Vilnius (Lituânia) para capturar um “jornalista da oposição”.
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