Leão diz que a economia portuguesa está numa “fase de viragem” e com “forte recuperação”
O ministro das Finanças mostrou-se confiante com a "forte" recuperação da economia portuguesa, a qual diz estar numa "fase de viragem" do período de emergência para o momento de retoma.
O ministro das Finanças, João Leão, diz que a economia portuguesa está numa “fase de viragem” em que se regista uma “forte recuperação”, após a fase de emergência. “Estamos convencidos de que os números [de crescimento do PIB] do Programa de Estabilidade podem ser superados“, indicou, referindo-se à previsão de crescimento de 4% em 2021.
Para o ministro “a viragem da economia portuguesa está a ser de tal forma robusta que ainda podemos superar esse valor” de 4%. A confiança de Leão continua para 2022: “Para o ano estamos confiantes de que vamos continuar a recuperar”, disse, em declarações transmitidas pela RTP3, assinalando que a economia vai crescer “mais de 9%” em dois anos, “algo que não acontece há várias décadas”.
O ministro comentava as previsões da OCDE, que foram revistas em alta esta segunda-feira, à margem do evento de apresentação do programa IVAucher, cujo objetivo passa exatamente pelo relançamento da economia portuguesa. A Organização reviu em alta o crescimento da economia portuguesa para 3,7% este ano e 4,9% em 2022, o mesmo valor previsto pelo Ministério das Finanças.
Anteriormente, o ministro das Finanças já tinha admitido um crescimento económico maior em 2021 tanto em declarações ao Jornal de Negócios, como posteriormente à Bloomberg e também em entrevista à Lusa. “É um crescimento relativamente superior, pode ir até quase um ponto acima do que temos previsto, mas ainda é um bocado cedo“, disse Leão à agência de notícias.
Relativamente ao próximo ano, Leão disse que o Governo está a pensar “num conjunto de medidas que ajudem a recuperar e a reforçar a economia perante as marcas da crise” pandémica, mas não indicou se o programa IVAucher ou uma medida semelhante poderá vir a ser pensada para o Orçamento do Estado para 2022.
O ministro das Finanças apenas prometeu um “programa robusto para a economia” no próximo ano, mas deixando os detalhes para mais tarde até porque vai “começar agora” a discussão do próximo Orçamento com os partidos à esquerda e o PAN. “Para o ano temos de pensar quais são as medidas mais adequadas“, disse, sem se comprometer com uma nova edição do IVAucher.
O responsável pelas contas públicas disse que esta era “uma medida de caráter extraordinário” para este ano e que “é uma medida de caráter inovador para ajudar a combater os efeitos da crise”. Quanto ao futuro, apesar de se saber que existe a vontade do Governo de voltar a usar este instrumento caso corra bem, Leão não se comprometeu.
Também esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que o PIB contraiu 3,3% em cadeia e 5,4% em termos homólogos no primeiro trimestre deste ano por causa do segundo confinamento. Porém, as previsões para o segundo trimestre apontam para crescimentos de dois dígitos pelo efeito do desconfinamento, mas também por causa da base baixa de comparação dado que o segundo trimestre de 2020 foi o pior.
(Notícia atualizada às 12h41 com mais informação)
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