TAP com prejuízos de 365,1 milhões no primeiro trimestre
Resultados do primeiro trimestre foram significativamente afetados pelo impacto da Covid-19, levando a empresa a perder 365,1 milhões de euros.
A TAP teve prejuízos de 365,1 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, período marcado por um novo confinamento que deixou em terra muitos dos aviões da companhia aérea.
“O resultado líquido foi negativo em 365,1 milhões, dos quais 109,8 milhões dizem respeito a diferenças de câmbio líquidas”, refere a empresa em comunicado enviado à CMVM. “A maior parte deste efeito esteve relacionada com a depreciação do euro face ao dólar”, explica a companhia aérea, salientando também o efeito da Covid-19.
“Os resultados do primeiro trimestre foram significativamente afetados pelo impacto da Covid-19, com a capacidade e os rendimentos operacionais a caírem 81% e 74% em termos homólogos, respetivamente”, diz a TAP. Enquanto o EBITDA foi negativo em 104,1 milhões de euros, as receitas diminuíram 74% face ao arranque de 2020, para 150 milhões de euros.
Custos com pessoal caem 30%
“Embora os resultados do primeiro trimestre evidenciem a necessidade de concretizar ajustamentos mais profundos por forma a reduzir a diferença entre a quebra nas receitas e a redução dos custos operacionais, foram feitos progressos significativos”, diz a TAP.
A TAP “reforçou todas as medidas para proteger a sua posição de caixa, nomeadamente iniciativas que visam a conversão de custos fixos em variáveis,
renegociação contínua de acordos comerciais e respetivos calendários de pagamento, suspensão de investimentos não essenciais, e ajustamentos significativos nos custos com pessoal”.
Apontando para os acordos de Emergência, com redução salarial para cada grupo profissional, o esquema de lay-off clássico, adotando um mecanismo de redução do horário de trabalho entre 5% e 90%, e os programas voluntários para redução de efetivos, bem como a transferência de trabalhadores para a Portugália, a companhia reduziu de forma expressiva os custos com pessoal. “Diminuíram cerca de 30% em termos homólogos, e é esperado que o impacto total das medidas voluntárias seja superior nos próximos trimestres”, refere.
237,6 milhões em caixa
A implementação de medidas de proteção de caixa, como a redução de custos com os trabalhadores, “em conjunto com o empréstimo do Estado Português recebido em 2020, permitiram à TAP terminar o primeiro trimestre de 2021 com uma posição de caixa de 237,6 milhões de euros“, diz a TAP. Recorde-se que a empresa recebeu, em 2020, um “cheque” de 1.200 milhões de euros.
“Adicionando os recebíveis de cartões de crédito do Brasil, a liquidez total da TAP é de 255,9 milhões de euros no final do primeiro trimestre (considerando o câmbio entre o euro e o real brasileiro em 31 de março de 2021)”.
Ao mesmo tempo, a dívida financeira bruta aumentou 83 milhões de euros face ao final de 2020, principalmente devido ao aumento de 63
milhões dos passivos de locação com opção de compra (financial leases)”, nota a empresa. A dívida total era de 2.673,4 milhões de euros, com o grosso a ser devido ao Estado.
(Notícia atualizada às 7h12 com mais informação)
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