Operação Marquês: Sócrates e Santos Silva vão a julgamento
O juiz Ivo Rosa recusou os pedidos de nulidade apresentados pelo Ministério Público e pelos advogados de José Sócrates e Carlos Santos Silva. Os dois arguidos seguem para julgamento.
No âmbito do caso Operação Marquês, o juiz Ivo Rosa anunciou na passada sexta-feira a decisão sobre os pedidos do Ministérios Público (MP), bem como dos advogados dos arguidos José Sócrates e Carlos Santos Silva. Segundo avançou o Expresso, o magistrado recusou as pretensões da defesa dos arguidos e também o pedido de nulidade da pronúncia contra Sócrates e Santos Silva apresentada pelo MP. O que significa que o passo seguinte é agora o de sorteio dos juízes e respetiva marcação da primeira sessão de julgamento. Se for tão rápido como o caso de Armando Vara e Ricardo Salgado, poderá estar marcado ainda para julho. Segundo fonte judicial explicou ao ECO/Advocatus, “é muito provável” que o julgamento seja ainda marcado para final de junho ou inícios de julho.
Ivo Rosa anunciou assim estar encerrada a fase instrutória, bem como “decididas todas as questões relacionadas com a decisão instrutória”. O magistrado do Tribunal Central de Instrução Criminal ordenou o envio do processo para o tribunal de julgamento, na Comarca de Lisboa, cessando assim a competência do TCIC. Ivo Rosa fica oficialmente ‘livre’ do processo da Operação Marquês.
O sorteio do coletivo de juízes que irá presidir o julgamento deverá acontecer nos próximos dias.
Na decisão, tornada pública a 9 de abril, o juiz decidiu que José Sócrates, acusado de 31 crimes, só deveria ir a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e outros três de falsificação de documentos, os mesmos pelos quais o seu amigo e empresário Carlos Santos Silva está pronunciado.
Dos 28 arguidos foram pronunciados além de Sócrates e Carlos Santos Silva, o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, por três crimes de abuso de confiança o antigo ministro Armando Vara por lavagem de dinheiro e o ex-motorista de Sócrates João Perna por posse ilegal de arma.
O juiz decidiu não levar a julgamento os ex-líderes da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o empresário Helder Bataglia e o ex-administrador do Grupo Lena Joaquim Barroca, entre outros.
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