“É ponto de honra voltar a Portugal e pagar cada tostão às pessoas”. E aos bancos? “Os bancos são os bancos”, diz Vasconcellos
Vasconcellos deixou dívidas a trabalhadores e à banca. Promete voltar a Portugal e pagar as dívidas aos trabalhadores das empresas falidas. Em relação aos bancos, assume que também falharam com ele.
Nuno Vasconcellos, ex-dono da Ongoing – insolvente em Portugal – deixou centenas de milhões de euros de dívida aos bancos e também aos trabalhadores das suas empresas falidas. Vive no Brasil, mas quer voltar para Portugal para “limpar o nome” e “pagar cada tostão às pessoas”. Em relação à dívida aos bancos, assume que os mesmos também falharam com ele. “As pessoas são as pessoas. Os bancos são os bancos”, diz em entrevista ao Observador (acesso pago).
“Para mim é um ponto de honra voltar a Portugal e pagar cada tostão com juros a cada uma dessas pessoas. Estou há cinco anos a tentar pôr-me de pé. Sou bastante otimista, nunca vejo o copo meio vazio, vejo sempre o copo meio cheio, como qualquer empresário. Tenho a certeza que vou voltar um dia a Portugal e vou limpar o meu nome”, adianta em entrevista ao Observador.
Nuno Vasconcellos, que está a viver no Brasil, diz que hoje vive do seu salário, como administrador de várias empresas, mas garante que não é dono de nenhuma — nem no Brasil, nem no Panamá. Está insolvente em Portugal, tal como a sua mãe, porque cedeu aos bancos e deu um aval pessoal envolvendo bens da família e deixou no BES um depósito de 100 milhões de euros como garantia da dívida, três meses antes da queda.
Vasconcellos está convencido que teria conseguido resolver os problemas da Ongoing e pago as dívidas aos bancos se tivessem aprovado uma reestruturação, que não podiam fazer por causa da “má imagem” que tinha a empresa e ele próprio em Portugal, para onde quer voltar com o intuito de “limpar o nome” — mas para isso precisa de reunir 10 milhões de euros.
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