Etiqueta inteligente da Adalberto diz tudo sobre a roupa num QR Code
Da origem das matérias-primas, ao consumo de água e energia, a têxtil de Santo Tirso apostou na criação de uma etiqueta inteligente através de um código QR Code.
Com a missão em mente de fornecer aos clientes a maior transparência em toda a cadeia de valor, a têxtil Adalberto criou uma etiqueta inteligente que pode ser acedida através de um código QR Code. Esta etiqueta inteligente está presente em todas as peças de uma coleção sustentável que a Adalberto acabou de lançar. No entanto, o objetivo da têxtil é implementar essa etiqueta em todos os produtos, seja na venda a metro, seja na peça confecionada.
“É uma etiqueta que mostra a rastreabilidade do produto desde o momento que colhemos o fio até chegar ao consumidor final. Temos várias informações desde consumo de água, origem da energia, pegada ecológica, principalmente a pegada carbónica. A etiqueta, em algodão orgânico, tem uma pequena história sobre a peça e um QR Code impresso que vai diretamente ter a um site onde o cliente pode ver toda a informação”, explica ao ECO o diretor de inovação da Adalberto, Hugo Miranda.
Para o diretor de inovação da têxtil de Santo Tirso, a ideia desta etiqueta inteligente é que “os nossos consumidores finais, as marcas, tenham acesso a este tipo de informação. O cliente pode usar uma etiqueta própria ou usar a informação de storytelling da nossa base de dados”.
Para a têxtil o objetivo é que as marcas e os produtos portugueses disponibilizem este tipo de etiquetagem de forma a serem transparentes em toda a cadeia de valor. “Nós queremos que as marcas demonstrem o valor acrescentado das peças que estão a vender. Para nós é uma grande vantagem o consumidor final ter informação que lhe permite tomar uma decisão consciência na compra mesmo que seja um produto mais caro”, conta o diretor de inovação da Adalberto.
A têxtil está a caminhar em rumo à sustentabilidade. A Adalberto estabeleceu uma parceria com a espanhola Acciona, que produz energia exclusivamente de origens sustentáveis, num sistema que não só assegura a redução de emissão carbónica como faz uso da tecnologia blockchain (a mesma usada pelos sistemas de criptomoeda) para monitorizar a origem da energia utilizada.
O diretor geral do Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário (Citeve), Braz Costa, já tinha alertado que o “sistema de etiquetagem das peças de roupa está completamente obsoleto” e que é imprescindível transformar este sistema numa espécie de currículo ou bilhete de identidade.
“É uma prioridades é conseguir objetivar a medição e criar um mecanismo que permite acumular toda a informação sobre a história de vida de determinada peça”, disse Braz Costa na 25ª edição do Simpósio da indústria têxtil e vestuário (ITV).
O diretor de inovação da Adalberto corrobora a ideia de Braz Costa e destaca que é “imprescindível” ter este tipo de etiquetagem de forma a dar informações detalhadas sobre produtos. “Tal como a alimentação, o têxtil deve ter esta etiquetagem inteligente detalhada sobre os benefícios e os malefícios sobre usar determinada peça de roupa. Temos que ter essa transparência”, conclui Hugo Miranda.
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