Aon e WTW desistem da fusão lançada há 16 meses por 30 mil milhões
Em resultado do fracasso, a Aon afirma que, conforme previsto no acordo selado em março de 2020, pagará 1 000 milhões de compensação à concorrente que pretendia comprar por 30 mil milhões de dólares.
A Aon Plc e a Willis Towers Watson (WTW) acordaram mutuamente colocar ponto final no projeto de combinação iniciado há 16 meses, desistindo também de continuar a litigância com o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), que se opôs à operação avançando para os tribunais com uma queixa contra as proponentes.
Apesar do sentimento favorável dos reguladores no resto do mundo, incluindo a recente aprovação (com condições) por parte de Comissão Europeia, “chegámos a um impasse com o Departamento de Justiça dos EUA,” afirma Greg Case, CEO da Aon num comunicado. “O DOJ exagera na sua posição ao considerar que a complementaridade dos nossos negócios atinge a concorrência em áreas vastas da economia.”
“A incapacidade de garantir resolução célere do litígio levou-nos a esta decisão,” explicou Case no comunicado em que assume o fracasso da operação estimada em 30 mil milhões de dólares e que representaria a maior fusão de sempre na indústria global de corretagem de seguros.
Em consequência do falhanço do projeto de fusão, a Aon pagará à Willis Towers Watson a compensação devida de 1 000 milhões de dólares, conforme previsto no acordo em que a primeira compraria a segunda. As empresas reconhecem que ganharam muito com estes 16 meses de colaboração e preparação para a combinação, mantêm uma relação amigável, mas encaram o futuro de forma independente.
O colapso da operação, que faria da Aon novo líder mundial, mantém a Marsh (grupo MMC) primeira no ranking global da corretagem de seguros e consultoria de risco.
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