Regresso ao escritório? Google e Washington Post exigem que funcionários estejam vacinados
Com a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 para todos os funcionários federais a ser considerada, há empresas nos EUA que já estão a exigir a vacinação completa aos seus colaboradores.
Com a propagação da Covid-19 nos Estados Unidos e com o presidente Joe Biden a admitir que está a ser considerada a obrigatoriedade da vacina para todos os funcionários federais, há empresas que começam também a exigir aos seus colaboradores a vacinação completa. A Google e o Washington Post já deram o sinal ao mercado.
O Google anunciou esta quarta-feira que os funcionários que voltem ao escritório terão de estar já vacinados. Além disso, o regresso à tecnológica foi novamente adiado, desta vez para meados de outubro, por causa do disparo de infeções com a variante Delta. Vacinação que não se restringe aos Estados Unidos, já avisou o CEO da companhia, Sundar Pichai.
“Ser vacinado é uma das formas mais importantes de nos mantermos a nós e às nossas comunidades saudáveis nos próximos meses”, escreveu o Sundar Pichai, CEO da Google, numa comunicação enviada a todos os colaboradores, à qual o The New York Times teve acesso. E esclareceu que a obrigatoriedade da vacinação aplica-se aos escritórios nos Estados Unidos já “nas próximas semanas”, mas vigorará também noutras regiões “nos próximos meses”.
Com mais de 144 mil trabalhadores espalhados por todo o mundo, a tecnológica não tem ainda taxas de vacinação para partilhar, mas Sundar Pichai afirma estar contente com os números “muito elevados” de funcionários que já contam com a vacinação completa.
Já sobre o regresso ao escritório, que estava previsto para setembro, o líder da Google disse que seria adiado até 18 de outubro. “Reconhecemos que muitos googlers estão a assistir a picos [de casos Covid-19] nas suas comunidades, causados pela variante Delta, e estão preocupados com o regresso ao escritório. Esta extensão dar-nos-á tempo para voltar ao trabalho, proporcionando ao mesmo tempo flexibilidade para aqueles que ainda precisam da vacina”, escreveu na mesma nota.
À semelhança da Google, o Washington Post anunciou, logo no início da semana, que os seus trabalhadores terão de apresentar, até meio de setembro, um certificado de vacinação para poderem voltar ao local de trabalho, à exceção dos funcionários que possuam preocupações religiosas ou quadros médicos especiais.
“Embora a maioria dos funcionários do Washington Post já tenham apresentado prova de vacinação, não tomo esta decisão de ânimo leve. Contudo, ao considerar as graves questões de saúde e as genuínas preocupações de segurança de tantos colaboradores, creio que é o plano mais correto”, disse Fred Ryan, editor e CEO da publicação americana que pertence a Jeff Bezos.
O plano é reabrir a redação do Washington Post para todos os funcionários — que estejam vacinados — a 13 de setembro, num regime híbrido, no qual cada pessoa vai ao local de trabalho três vezes por semana, avança a Reuters.
Biden admite que vacinação obrigatória dos funcionários federais “está a ser considerada”
As novas regras de vacinação nestas empresas são consequência do grande aumento de novos casos de Covid-19 nos Estados Unidos, atribuídos à variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, identificada como mais transmissível e mais resistente.
Uma decisão no mundo corporativo depois de Joe Biden ter admitido que tornar a vacina contra a Covid-19 obrigatória para todos os funcionários federais do país é uma possibilidade que “está a ser considerada”. O presidente anunciou-o quando interpelado por um jornalista à margem de uma visita ao gabinete do diretor dos serviços de informações dos EUA, em Washington.
“Temos visto um aumento da vacinação nos últimos dias, mas precisamos de fazer melhor. Na quinta-feira, irei apresentar novos passos do nosso esforço para vacinar mais americanos”, disse o chefe de Estado, citado pelo The Wall Street Journal.
Ainda esta terça-feira o Departamento para os Assuntos dos Veteranos anunciou também que iria passar a exigir aos seus profissionais de saúde que fossem vacinados contra a Covid-19, tornando-se a primeira agência norte-americana federal a assumir tal medida.
Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, não descartou a hipótese de mais agências federais aplicarem este requisito, acrescentando na mesma ocasião que a administração norte-americana “vai continuar a procurar formas de proteger a (sua) força de trabalho e de salvar mais vidas”.
As autoridades do estado norte-americano da Califórnia e da cidade de Nova Iorque tinham já anunciado esta segunda-feira que todos os seus funcionários públicos, incluindo professores, agentes policiais, bombeiros ou profissionais de saúde terão de estar vacinados contra a Covid-19 ou terão de realizar testes de diagnóstico semanais.
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