Pedro Nuno Santos quer rodovia a “ajudar a financiar a ferrovia”
O ministro das Infraestruturas mudou de opinião e já não defende a separação da Infraestruturas de Portugal: chegou o momento, diz, de a rodovia "ajudar a financiar" a ambição ferroviária do Governo.
Outrora defensor da cisão da Infraestruturas de Portugal (IP), o ministro das Infraestruturas mudou de opinião e é agora adepto da manutenção da rodovia e da ferrovia sob a chancela desta mesma empresa. O motivo é o dinheiro: permitir uma gestão mais direta das receitas que, em breve, serão proporcionadas pelas concessões rodoviárias.
Pedro Nuno Santos assumiu-o em entrevista ao Público (acesso condicionado): “As concessões rodoviárias vão começar a chegar ao seu término. A IP vai começar a ter um volume de receita, fruto da rodovia, muito considerável. E num momento em que nós queremos fazer a transferência modal, e depois de o país ter andado décadas a financiar a rodovia, chegou a hora de a rodovia ajudar a financiar a ferrovia. Separar é tornar mais difícil este exercício”, afirmou.
Questionado se o motivo é mesmo o de guardar essas receitas dentro da IP, para não as perder para o Ministro das Finanças, Pedro Nuno Santos respondeu: “Acho que é mais seguro assim”. A segunda razão para não separar as águas na IP é a necessidade de “coordenar bem a infraestrutura ferroviária com a infraestrutura rodoviária”, salientando que ambas não são “concorrentes”, mas sim “complementares”.
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