Banca deu 1.295 milhões em crédito para a casa em junho
Valor financiado em junho elevou para 7.178 milhões de euros o montante total concedido pelos bancos para comprar casa na primeira metade do ano.
A procura por crédito para a casa recuou ligeiramente em junho, mas manteve-se acima do patamar dos mil milhões de euros. De acordo com os dados do Banco de Portugal, os bancos concederam um total de 1.295 milhões de euros em empréstimos para a habitação, elevando o total financiado na primeira metade de 2021 para 7.178 milhões de euros.
Depois de terem concedido 1.314 milhões em maio, o valor dos novos empréstimos para a compra de casa encolheu ligeiramente para os 1.295 milhões de euros no sexto mês do ano. Ainda assim, na comparação com o mesmo mês do ano passado, assiste-se a um salto de cerca de 55% na nova produção de crédito à habitação.
Junho foi, ainda assim, o quarto mês consecutivo em que os empréstimos para a compra de casa ficaram acima da fasquia dos mil milhões de euros, marca que tinha sido já alcançada no último mês de 2020. Esta evolução revela um maior dinamismo no mercado imobiliário, apesar do contexto de pandemia, traduzindo-se positivamente nos resultados das instituições financeiras.
A ajudar ao novo crédito para a casa tem estado também o baixo custo deste tipo de financiamento, num contexto de juros baixos patrocinado pelo Banco Central Europeu (BCE). “Nas novas operações de empréstimos a particulares para habitação, a taxa de juro média, em junho, manteve-se sem alterações em 0,83%”, diz o Banco de Portugal.
Mais de sete mil milhões para a casa
O montante concedido para a compra de casa em junho veio puxar ainda mais pelo valor concedido para este fim desde o arranque do ano. Os dados apresentados pelo supervisor do sistema financeiro nacional indicam que, em termos acumulados, os bancos já emprestaram 7.178 milhões de euros para a compra de habitação em 2021.
Este valor compara positivamente com o montante concedido no mesmo período do ano passado, que se cifrou em 5.342 milhões de euros. Há um aumento de 34% em termos homólogos, sendo este ainda mais expressivo quando se olha para os valores financiados durante os primeiros seis meses de 2021 e a primeira metade de 2019, antes da pandemia. Há um aumento de 45,7%.
Crédito para o consumo estagna
“Em junho de 2021, os volumes de novas operações de empréstimos para habitação, consumo e outros fins totalizaram 1.295 milhões, 420 milhões e 223 milhões de euros, respetivamente”, diz o Banco de Portugal. Se na habitação houve uma ligeira retração face ao mês de maio, o mesmo acabou por se verificar no caso dos empréstimos ao consumo, que tinham ascendido a 425 milhões no mês anterior.
No caso dos créditos para os outros fins, houve um crescimento. Depois dos 178 registados em maio, em junho foram concedidos 223 milhões em junho, valor que representa um máximo desde março, quando tinham sido financiados 227 milhões nestes empréstimos.
(Notícia em atualização)
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