Renováveis abastecem 52% do consumo de eletricidade que recua 3,2% em julho
“O consumo de energia elétrica recuou 3,2% em julho, face ao período homólogo, penalizado por temperaturas abaixo do normal para a época”, informou a REN, em comunicado.
O consumo de energia elétrica recuou 3,2% em julho, em termos homólogos, penalizado por temperaturas abaixo do normal para o período, sendo que a produção renovável abasteceu 52% do consumo, divulgou esta terça-feira a REN – Redes Energéticas Nacionais.
“O consumo de energia elétrica recuou 3,2% em julho, face ao período homólogo, penalizado por temperaturas abaixo do normal para a época”, informou a REN, em comunicado.
O conjunto da produção renovável abasteceu 52% do consumo, a não renovável abasteceu 34%, enquanto o saldo importador assegurou os restantes 14%.
Com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis, o consumo de energia elétrica cresceu 0,5%, em termos homólogos.
Já no conjunto dos primeiros sete meses do ano, o consumo cresceu, face ao mesmo período do ano anterior, 2,2%, ou 3,0% com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis, registando, no entanto, uma quebra de 2,2% face ao mesmo período de 2019.
No mês de julho, as condições para a produção renovável foram favoráveis, com os índices de produtibilidade hidroelétrica e eólica a registarem 1,63 e 1,12 (média histórica igual a 1), respetivamente.
No entanto, a REN ressalva que, no caso das hídricas, “tratando-se de um período de verão, o valor é sempre pouco significativo”.
De janeiro a julho, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,13 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica em 0,99 (média histórica igual a 1).
A produção renovável abasteceu 66% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 30%, eólica com 26%, biomassa com 7% e fotovoltaica, que ultrapassou pela primeira vez os 200 gigawatts-hora (GWh) de produção mensal, com 3,3%.
A produção não renovável abasteceu 30% do consumo, repartida por gás natural com 28% e carvão com 2%, enquanto os restantes 4% corresponderam a energia importada.
No mercado de gás natural registou-se, em julho, um recuo de 18% face ao período homólogo, a refletir a queda de 36% no mercado de produção de energia elétrica, este ano com maior disponibilidade de energia renovável, enquanto o segmento convencional contraiu 0,5%.
No final dos primeiros sete meses do ano, o consumo de gás natural registou uma evolução positiva de 1%, com um crescimento de 7,6% no segmento convencional a compensar a redução de 11,5% no mercado elétrico.
No entanto, relativamente ao mesmo período de 2019, registou-se uma quebra de cerca de 4% no consumo de gás natural.
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