Clima de negócios na Alemanha deteriora-se em agosto
A perspetiva para os próximos meses “caiu claramente", com o indicador das expectativas a recuar para o seu nível mais baixo desde novembro de 2020.
O índice do clima de negócios na Alemanha recuou dos 100,7 pontos em julho para os 99,4 pontos em agosto, influenciado, sobretudo, pela diminuição das expectativas das empresas, anunciou esta terça-feira o Instituto Ifo.
As preocupações atuais “estão a aumentar”, em particular, nos setores da hotelaria e do turismo, refere o instituto em comunicado, apesar de indicar também que as empresas avaliaram, mesmo assim, a sua situação atual um “pouco melhor” que no mês anterior.
No entanto, no setor manufatureiro, o índice de clima de negócios é “significativamente pior”, tendo passado dos 27,4 pontos em julho para os 24,1 pontos em agosto, sendo que a avaliação da situação atual diminuiu no mês em análise, embora o indicador ainda seja “bastante positivo”, lê-se no comunicado.
Estrangulamentos no fornecimento de produtos intermediários no setor manufatureiro e preocupações com o aumento do número de infeções pelo novo coronavírus estão a pressionar a economia alemã, realça o instituto Ifo.
A perspetiva para os próximos meses, no entanto, “caiu claramente”, com o indicador das expectativas a recuar para o seu nível mais baixo desde novembro de 2020, sendo que as empresas referiram ainda que a procura é “mais fraca” do que a observada no mês anterior.
Quanto ao indicador do clima de negócios no setor de serviços, também caiu em agosto para os 17,7 pontos, face ao mês anterior (19,8 pontos) e o otimismo em relação ao desenvolvimento futuro dos negócios recuou igualmente, segundo o instituto Ifo.
No entanto, as empresas ainda avaliam a sua “situação atual” como “muito melhor” do que a verificada no mês anterior. O índice do clima de negócios no comércio, por seu lado, caiu dos 15,8 pontos em julho para 9,0 pontos em agosto, sendo que as empresas, neste caso, estão “menos satisfeitas” com sua situação atual de negócios e as suas expectativas mostram-se mais pessimistas face ao mês de julho.
O setor do retalho está “especialmente apreensivo” com os próximos meses, salienta o instituto no seu comunicado. No caso do setor da construção, o índice melhorou em agosto, de 6,0 pontos para 7,8 pontos, com as empresas aqui a estarem um pouco mais satisfeitas com os seus negócios atuais, sendo que as suas expectativas também se mostraram “muito melhores”.
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