Uma em cada dez empresas em Londres retiram bónus salarial a trabalhadores remotos
Cerca de um em cada dez empregadores já eliminou (ou tem planos para fazê-lo) o chamado "London weighting" dos salários dos profissionais que se encontram a trabalhar remotamente.
Com o estabilizar da pandemia e os planos de regresso ao escritório, empresas e Governos debatem-se agora com o tema do teletrabalho e flexibilidade, estando a ser ponderado, em alguns casos, cortes salariais aos colaboradores que estejam a trabalhar remotamente. Em Londres, cerca de um em cada dez empregadores já eliminou (ou tem planos para fazê-lo) o chamado “London weighting” dos salários dos profissionais que se encontram a trabalhar remotamente.
Em causa está um bónus salarial pago a determinados profissionais, como funcionários públicos, polícias, professores, trabalhadores de companhias aéreas, alunos de doutoramento e agentes de segurança, para compensar os custos de viver em Londres, uma cidade significativamente mais cara do que as restantes do país.
O inquérito da Hays, que envolveu mais de 22.700 empresas, concluiu que 11% das organizações londrinas vão abandonar este bónus salarial no caso dos trabalhadores que continuem a trabalhar a partir de casa, defendendo que estes conseguem eliminar determinados gastos, como é o caso das deslocações diárias para o escritório.
Londres — e um pouco todo o mundo — tem assistido, ultimamente, a algum debate sobre o teletrabalho e os cortes salariais que podem (ou não) estar inerentes. O Governo britânico está mesmo a ponderar a remoção “London weighting” para os funcionários públicos que não desejam regressar ao local de trabalho.
Ofertas remota crescem
Paralelamente, as ofertas de trabalho com possibilidade de teletrabalho estão a aumentar: 28% dos empregadores planeiam contratar pessoal para trabalhar à distância num modelo mais permanente. Este valor mais do que duplica o número apurado no inquérito anterior.
“À medida que os empregadores ajustam os seus planos de contratação a um mundo pós-pandémico, é encorajador ver que mais de um quarto está a contratar para funções remotas”, diz Simon Winfield, diretor-geral da Hays. Contratar remotamente aumenta a pool de talentos, algo fundamental “numa altura em que a competição pelo talento é tão elevada”, continua.
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