Regulação em Portugal beneficia ações da EDP no curto prazo, dizem analistas da JP Morgan
Ao contrário do que acontecerá em Espanha, as medidas em Portugal para contrariar a subida dos preços da eletricidade não deverão afetar os resultados da EDP, de acordo com os analistas da JP Morgan.
Os analistas da JP Morgan consideram que o ambiente regulatório em Portugal no setor da eletricidade será favorável para a evolução das ações da EDP no curto prazo. De acordo com a Reuters, que cita a nota do banco norte-americano, a análise aponta para uma subida dos títulos nas próximas sessões, após a cotada ter sido penalizada pelo risco de contágio da intervenção espanhola para Portugal. Esta quarta-feira as ações estão a subir mais de 1%, acima do desempenho do PSI-20.
Em causa está um pacote de medidas avançadas pelo Governo espanhol para estancar os preços da eletricidade junto do consumidor final, o que inclui cortar nos benefícios extraordinários dados às empresas de energia, como é o caso do valor que recebem pelo CO2 não emitido. Só essa medida deverá retirar 650 milhões de euros às energéticas que atuam em Espanha, segundo os valores do primeiro-ministro Pedro Sanchéz. Perante a hipótese de Portugal tomar medidas semelhantes, as ações da EDP estiveram a descer.
Contudo, o Governo português veio agora deixar garantias de que tem várias almofadas, num valor superior a 800 milhões de euros, para amparar o impacto da subida dos preços da eletricidade no mercado grossista. A expectativa dos analistas do JP Morgan é que as medidas “não tenham um impacto nas contas” das empresas e “confirmam que a EDP não enfrenta um risco regulatório substancial no atual ambiente”. “Isto deverá ajudar as ações da EDP no curto prazo, dado que o título foi penalizado pelo risco de repercussão da intervenção em Espanha em Portugal“, assinalam.
Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.
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