Concurso público para ampliação do museu de Serralves com valor base de 8,2 milhões de euros
O projeto deverá estar concluído até junho de 2023 e terá a assinatura do arquiteto Álvaro Siza Vieira. Os interessados têm 30 dias a partir de hoje como prazo para apresentação de propostas.
O concurso público para a ampliação do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, foi publicado em Diário da República, com um valor base de 8,2 milhões de euros e um prazo de conclusão de 500 dias.
“O contrato tem por objeto a empreitada de construção de um edifício para a expansão do Museu de Arte Contemporânea de Serralves”, pode ler-se no documento que estabelece 30 dias a partir desta segunda-feira como prazo para apresentação de propostas.
Há duas semanas foi aprovado o financiamento comunitário para a ampliação do museu, no valor de quatro milhões de euros.
O projeto, que deverá estar concluído até junho de 2023, terá a assinatura do arquiteto Álvaro Siza Vieira, reforçando a “marca de arquitetura de referência mundial do espaço e da cidade”, sublinhou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) em comunicado na altura.
Os objetivos do investimento passam por reforçar a área expositiva do Museu de Serralves, permitindo aumentar e diversificar a oferta museológica e artística existente, dedicar uma ala ao desenvolvimento da coleção da fundação (que inclui parte do arquivo de Álvaro Siza e o acervo de Manoel de Oliveira) e capacitar as funções de reserva, explicou a CCDR-N.
Com a criação deste novo edifício, a Fundação de Serralves espera ver aumentado de “forma significativa” o número anual de visitantes.
O edificado contará com um piso para reservas e dois pisos expositivos com salas interligáveis e ajustáveis, vincou.
“Os benefícios culturais, patrimoniais e artísticos e os impactos turísticos e económicos positivos, à escala regional, estão na base da decisão do financiamento”, ressalvou a CCDR-N.
A iniciativa foi reconhecida como de “utilidade pública”, nos termos do despacho conjunto emitido pela ministra da Cultura e pelo secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, a 28 de abril de 2021.
No entanto, os governantes determinaram “condicionar o abate das azinheiras na área do empreendimento identificado ao licenciamento da obra pela Câmara Municipal do Porto, bem como a aprovação e implementação do projeto de compensação, e respetivo plano de gestão”.
O projeto de ampliação do Museu de Serralves e a “destruição das áreas verdes” envolventes motivou o protesto do grupo ecológico de defesa do Lordelo que exige que o projeto de alargamento seja tornado público.
A posição do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente de Lordelo do Ouro-Grupo Ecológico (NDMALO-GE) surgiu dias depois de ser conhecido o convite feito à Fundação Serralves para se candidatar a fundos comunitários no valor de 4,25 milhões de euros para ampliar o museu.
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