Moreira perde maioria absoluta no Porto. Tiago supera Feliz
O candidato independente, apoiado pelos liberais e pelo CDS-PP, vai cumprir o terceiro e último mandato na Câmara do Porto sem maioria no Executivo. PS tropeça, mas não cai do segundo lugar.
Rui Moreira venceu as eleições autárquicas no Porto pela terceira vez, mas, ao contrário do que aconteceu nos últimos quatro anos, vai ter de governar a segunda cidade do país sem maioria absoluta no Executivo municipal.
A contagem final mostra que Moreira obteve 40,72% dos votos e elegeu seis vereadores, menos um do que nas últimas eleições. A lista do PS, encabeçada pelo deputado Tiago Barbosa Ribeiro, conseguiu agora 18% e três vereadores. Isto é, menos 10 pontos e também menos um vereador do que Manuel Pizarro tinha conseguido para o partido em 2017.
Já o PSD, que há quatro anos tinha registado a pior votação de sempre na Invicta (10,39% e apenas um vereador), conseguiu desta vez aumentar a votação para 17,25% e eleger mais um representante no Executivo. Ainda assim, Vladimiro Feliz, que chegou a ser vice de Rui Rio na Câmara, ficou atrás dos socialistas.
Com 7,51% dos votos, a CDU vai manter a histórica Ilda Figueiredo como vereadora. E o Bloco, que apresentou o independente Sérgio Aires nesta corrida autárquica, recolheu 6,25% e elege, pela primeira vez, um representante no Executivo municipal portuense.
Moreira quer “federar” independentes
No discurso da vitória, que dedicou ao histórico social-democrata Miguel Veiga – falecido em 2016, foi um apoiante de proa na primeira eleição –, o autarca nortenho referiu que governará “com a representatividade que [lhe] derem os eleitores, sem nenhuma reclamação”. E não exclui falar com nenhuma das forças políticas com representação nos órgãos autárquicos, sendo que também não tem maioria na Assembleia Municipal.
Após destacar que “os portuenses não desiludem e, mais uma vez, o partido que esta noite ganhou foi o Porto”, Rui Moreira, que manteve as cinco Juntas de Freguesia (só não controla as de Paranhos e de Campanhã), avisou que “este projeto político independente, a par de outros que foram a votos, não pode continuar diluído e submetido ao interesse e ao taticismo carreirista de muitos dirigentes partidários”. E “para o bem da democracia”, sublinhou, defende “a federação dos milhares de cidadãos que hoje votaram por todo o país em candidatos independentes”.
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