Covid-19: Alemanha “fecha portas” a Portugal e mais quatro países a partir de hoje

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2021

Alemanha decidiu-se pelo encerramento das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas a viajantes oriundos de Portugal, Reino Unido, Irlanda, Brasil e África do Sul pelo menos até 17 de fevereiro.

Portugal é um dos cinco países mais afetados pela pandemia de Covid-19 cujos cidadãos vão ficar, a partir deste sábado, proibidos de entrar na Alemanha, tal como anunciou sexta-feira o Governo alemão.

A decisão, que numa primeira fase vigorará até 17 de fevereiro, obriga ao encerramento das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas a viajantes oriundos de Portugal, Reino Unido, Irlanda, Brasil e África do Sul, cinco países fortemente assolados pelo novo coronavírus.

A medida foi tomada, segundo Berlim, para “proteger a população” e “limitar a propagação das novas estirpes” da Covid-19, lê-se num documento do Ministério da Saúde alemão.

As restrições incluem, porém, várias exceções, nomeadamente para os alemães que vivam nos países a que diz respeito a nova decisão e para os residentes portugueses, britânicos, irlandeses, brasileiros e sul-africanos que residam na Alemanha, bem como os passageiros em trânsito ou ainda a circulação de mercadorias. Entre as exceções figuram ainda os transportes por razões de saúde.

Na quinta-feira, o Governo de Portugal proibiu a saída de portugueses do país, ficando interditadas deslocações para fora do território continental efetuadas por qualquer via, designadamente rodoviária, ferroviária, aérea, fluvial ou marítima. O decreto nesse sentido foi publicado sexta-feira no Diário da República, na medida legal que regulamenta o estado de emergência em Portugal.

Em Berlim, o Governo alemão indicou que impôs a proibição por sua própria iniciativa, independentemente da dos seus parceiros da União Europeia (UE), que ainda não chegaram a acordo sobre uma abordagem uniforme sobre a questão.

Também quinta-feira, o ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, indicou ser intenção de Berlim reduzir “ao mínimo” o tráfego aéreo internacional com destino à Alemanha face ao avanço da pandemia do novo coronavírus, tal como fez Israel.

Há vários meses que a entrada na Alemanha se tornou cada vez mais complicada para cerca de 160 países do mundo, em particular com a obrigação de apresentar um teste negativo feito menos de 48 horas antes ou logo após a chegada, seguido por “uma quarentena dissuasiva de 10 dias”. No entanto, na maioria dos casos poderá ser encurtado para cinco dias após um segundo teste negativo.

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Brexit: Um ano depois Reino Unido já sente os efeitos da saída

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2021

O primeiro-ministro britânico tem alegado que os efeitos do Brexit que já se sentem são “problemas de adaptação” e continua a insistir nas “oportunidades” que existem fora da UE.

Um ano após a saída formal do Reino Unido da UE, a 31 de janeiro de 2020, o país começa finalmente a sentir as consequências do Brexit, que poderão agravar-se se a Escócia realizar um referendo sobre a independência.

Mesmo finalizado um acordo que facilita o comércio sem quotas nem tarifas, têm-se multiplicado as queixas de empresas com os atrasos e custos das novas barreiras, como a necessidade de controlos sanitários, preenchimento de formulários e apresentação de declarações de importação e exportação.

Os pescadores da Escócia são alguns dos que estão a sentir o impacto do atrito sentido nas fronteiras, com as exportações de peixe e marisco como salmão, ostras e lagostins a estragarem-se dentro dos camiões e sem chegar a tempo aos clientes no continente europeu, sobretudo França, Bélgica e Espanha, onde antes eram descarregados no espaço de 24 horas.

Tendo em conta que as pescas era uma das principais atividades que seriam beneficiadas pelo Brexit, o Governo britânico criou um fundo de 23 milhões de libras (26 milhões de euros) para cobrir os prejuízos e apoiar as empresas a ajustarem-se aos novos processos de exportação.

Na Irlanda do Norte, vários grandes supermercados sofreram interrupções no fornecimento que resultaram em prateleiras vazias de alguns produtos alimentares devido à burocracia que implica transportá-los de Inglaterra, já que a região britânica ficou alinhada com as regras do mercado único.

Numa carta conjunta, os presidentes de grupos como a Tesco, Sainsbury’s, Asda e Marks & Spencer escreveram ao Governo britânico alertando para o risco de continuarem a ser registadas “perturbações significativas” devido ao sistema “inviável”, exigindo uma solução a longo prazo.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, alegou “problemas de adaptação” e continua a insistir nas “oportunidades” que existem fora da UE, mas para as empresas estas vantagens não são imediatas.

Não são só problemas de adaptação, esta é a nova realidade a que a indústria tem de se habituar. (…) Vão existir custos adicionais no futuro próximo e isso afeta a nossa competitividade e coloca pressão nos construtores para aumentar a produtividade”, disse o presidente da Associação de Produtores e Comerciantes do Setor Automóvel (SMMT), Mike Hawes.

Politicamente, as relações com a UE deixaram de estar no topo da agenda política, ultrapassada pela pandemia de covid-19 e a crise económica e social que provocou no Reino Unido. Até o Partido Trabalhista, liderado pelo pró-europeu Keir Starmer, admite que será difícil renegociar com Bruxelas. “Quer queiramos ou não, esse será o acordo que um novo Governo trabalhista vai herdar e terá de fazer funcionar”, disse à BBC, acrescentando não existir “motivo para voltar a aderir à UE”.

Não é o que pensa a chefe do Governo autónomo da Escócia, Nicola Sturgeon, que invoca o Brexit, a que a maioria dos escoceses se opõem, como argumento na campanha por um novo referendo à independência.

Em 2014, 55% escoceses votaram para permanecer no Reino Unido, mas uma sondagem publicada no domingo pelo jornal Sunday Times indicava que 49% dos escoceses são favoráveis à independência e 44% são contra, uma margem de 52% a 48% se forem excluídos os indecisos.

Sturgeon quer sair do Reino Unido e aderir à UE e a aproximação já começou, com negociações iniciadas esta semana com a Comissão Europeia para manter o programa de intercâmbio de estudantes Erasmus.

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“As eleições autárquicas deviam ser adiadas por seis meses”, diz Santana Lopes

  • ECO
  • 30 Janeiro 2021

Pedro Santana Lopes defende que "pode ser encontrada justificação nacional para o adiamento de seis meses" das eleições autárquicas e admite, se assim for, poderá ser candidato do PSD a uma câmara.

Pedro Santana Lopes defende que as eleições autárquicas deviam ser adiadas por seis meses, face à crise pandémica que o país atravessa, e admite que, se assim for, está tentado a ser candidato do PSD a uma câmara. Em entrevista ao Diário de Notícias (acesso pago), o antigo primeiro-ministro não exclui também entrar na próxima corrida a Belém, em 2026.

As eleições autárquicas devem ser adiadas e devíamos tratar disso com tempo. Nas presidenciais foi à última hora, andou-se em discussão se era constitucional ou não. Mas adiar as eleições autárquicas não é inconstitucional. E a questão não é o voto, que até funcionou bem, é a campanha“, diz Santana Lopes, frisando que nas atuais circunstâncias não será candidato. Já se o adiamento se concretizar, a posição é diferente: “Em circunstâncias normais, sim [serei candidato pelo PSD]. Não porque precise, é por gosto”. Isso “se houver juízo”.

Em entrevista, o ex-primeiro-ministro sublinha ainda que o momento difícil que o país atravessa justifica um Governo que congregue todas as forças políticas. “Estamos num tempo tão grave em que devia existir um Governo de emergência nacional“, destaca. Sobre a vacinação, diz que Portugal deveria conseguir comprar vacinas fora do acordo da União Europeia, porque a resposta no combate à pandemia tem de ser rápida.

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Adolfo Mesquita Nunes é candidato à liderança do CDS

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2021

Ex-governante clarifica posição depois de pedir eleições antecipadas no CDS e a saída de Francisco Rodrigues dos Santos. Se houver eleições, "serei candidato a presidente do CDS".

O antigo vice-presidente do CDS-PP Adolfo Mesquita Nunes será candidato à liderança do partido caso seja marcado um congresso antecipado, revelou o próprio em entrevista ao Público. “Se o partido entender que deve haver um congresso eletivo para discutirmos a liderança do partido, serei candidato a presidente do CDS“, afirmou o centrista.

Num artigo de opinião publicado na quarta-feira no Observador, o antigo secretário de Estado propôs a realização de um Conselho Nacional para convocar eleições antecipadas para a liderança ainda antes das eleições autárquicas, e defendeu que esta direção “não conseguirá” resolver “a crise de sobrevivência” do partido. Nesse texto, não adiantava se seria candidato a suceder ao atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, eleito há um ano para um mandato que termina em 2022.

Na entrevista ao Público, Adolfo Mesquita Nunes quebrou o tabu e explicou que “esta não era uma decisão expectável” na sua vida e lembrou que “ainda há dois anos tinha dito que não queria fazer da política” a sua vida profissional.

Adianta também que, apesar de o diagnóstico ser “do começo do ano“, esta decisão “surge a seguir às presidenciais”, porque entendeu que não podia avançar para a liderança do CDS-PP “enquanto estivesse a decorrer um processo eleitoral“.

O antigo deputado justificou que “tem havido um processo de degradação da imagem, da eficácia da mensagem e da liderança do CDS” e reiterou o que tinha escrito no artigo de opinião, que “o partido tem muito pouco tempo para reverter esse processo” e por essa razão se impõe a realização de “um congresso extraordinário agora”, enquanto “é possível inverter esse percurso”.

“Acho que em 2022 será muito difícil. E acho que, se o fizermos agora, eu posso fazer, eu posso protagonizar essa mudança e essa inversão no CDS“, advogou, salientando que o partido “tem de despertar o seu sentido vital”, para evitar a “irrelevância” e o “desaparecimento”.

Na sua ótica, “isso é possível fazer com uma liderança que seja carismática, agregadora, reconhecida, e que seja capaz de chamar os rostos do partido e somar novos rostos, para representar aquilo que é o espaço político que o CDS ocupou e sempre quis ocupar“.

Adolfo Mesquita Nunes defendeu igualmente que o partido “precisa de um líder que consiga colocar o CDS de novo no mapa”, que “some e agregue”, e salientou que “o CDS está de volta e o país vai saber disso”.

Na reunião da comissão política que terminou na madrugada de sexta-feira, o líder do CDS-PP anunciou que vai convocar um Conselho Nacional mas não adiantou se a convocação de um congresso e de eleições antecipadas constará na ordem de trabalhos, segundo contaram à Lusa fontes que estiveram presentes na reunião.

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Em plena pandemia, surge o lado mais solidário das empresas

O lado solidário de muitas empresas e outras entidades está a revelar-se durante a pandemia. Conheça 18 iniciativas para ajudar quem está a ficar para trás na crise sanitária.

Lojas encerradas, restauração e hotéis em serviços mínimos, muitos outros negócios em pausa e famílias com cortes severos nos rendimentos. As medidas para enfrentar a pandemia covid-19 estão a deixar muitos para trás. Perante a crise que se sente em vários setores da sociedade, há empresas a avançar com iniciativas para mitigar as consequências sociais da Covid-19 ou a apoiar o combate a esta crise de saúde pública.

Das cadeias de supermercados às marcas de automóveis, passando pelos grupos de ótica e pelas seguradoras, a responsabilidade social das empresas tem falado mais alto numa altura em que é necessário ajudar o país a atravessar este momento difícil. O ECO fez um apanhado destas iniciativas sociais:

PLMJ

A PLMJ tem vindo, desde o início da pandemia, a realizar algumas iniciativas solidárias. Depois de, através do seu sócio Diogo Perestrelo e com o apoio de mais oito empresas, ter contribuído para a doação de um total de 126 ventiladores ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), aquele que é conhecido por ser o maior escritório de advogados português optou, durante o período do Natal, por fazer um donativo ao projeto ABEM, da Associação Dignitude, com o intuito de apoiar 100 famílias carenciadas, durante o período de um ano, através da concessão de medicamentos.

Ao ECO, Alexandra Ferreira, diretora de Comunicação da PLMJ, acrescenta que a empresa se encontra também a trabalhar em conjunto com a Associação CRESCER, de forma a angariar donativos para a realização de obras de beneficiação no restaurante desta organização sem fins lucrativos, que serve diariamente refeições a famílias necessitadas. Além do mais, o escritório de advogados decidiu reforçar “as campanhas internas de recolha de bens e donativos para instituições de solidariedade” cada vez mais requisitadas pela população, como é o caso do Banco do Bébé, avançou Alexandra Ferreira.

Relembre-se ainda que a PLMJ, em conjunto com outras das principais sociedades de advogados do país, tinha participado no Rock ‘n’ Law, iniciativa que reverteu mais de 47.450 euros de donativos para a União Audiovisual.

Fundação Calouste Gulbenkian

Consciente de que o confinamento geral, que vigorou durante a primeira vaga da pandemia, impediu jovens e crianças de terem aulas em regime presencial e teve efeitos nefastos ao nível da aprendizagem, a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu dar asas ao seu projeto GAP – Gulbenkian Aprendizagem.

Esta iniciativa, como esclarece a Fundação em comunicado de imprensa, “pretende apoiar pelo menos 5.000 alunos dos ensinos básico e secundário a recuperar aprendizagens” nas áreas do “Português, Inglês e Matemática“, bem como a “desenvolver competências importantes para o estudo autónomo”. Cerca de 120 escolas serão, assim, alvo deste apoio entre janeiro e junho de 2021.

No âmbito deste projeto, e em complemento a estas mentorias, a Sociedade Portuguesa de Matemática está a assegurar aulas da disciplina a um conjunto de turmas que, devido aos efeitos da situação pandémica, se encontram sem professor dessa matéria.

Institutoptico

Em tempos de pandemia, também o grupo de ótica nacional Institutoptico optou por doar mais de 12 toneladas de alimentos, no valor de 21.293 euros, à Rede de Emergência Alimentar, na passada véspera de Natal. Esta rede, criada pelo Banco Alimentar para fazer frente à situação de emergência que o país vive, apoia 2.099 famílias.

A doação resultou da campanha de Natal levada a cabo entre os dias 26 de novembro e 22 de dezembro na rede de óticas da marca, totalizando “quer a doação de 1 euro por fatura emitida, quer as comparticipações efetuadas por clientes e parceiros de negócio”, esclareceu a empresa em comunicado.

Allianz e Fundação do Futebol

A fase final da Taça da Liga, que se encontra a decorrer durante esta semana, foi também transformada em momento de solidariedade. Isto porque, por cada golo marcado durante os jogos das duas meias-finais e da final da competição, serão doadas duas toneladas de bens alimentares à Rede de Emergência Alimentar, segundo a Lusa.

Desenvolvida em conjunto entre a Allianz e a Fundação do Futebol, da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, esta é uma iniciativa que conta, também, com o apoio do Minipreço, que se propôs a doar uma quantidade adicional de quatro toneladas de alimentos à mesma instituição.

Mercadona

A cadeia de supermercados Mercadona decidiu agir contra as consequências sociais e económicas da crise de saúde pública. Assim, em 2020, a marca optou por doar mais de 17 mil toneladas de produtos a cantinas sociais, bancos alimentares e outras instituições de solidariedade social em Espanha e Portugal.

Da totalidade dos produtos doados, 1.200 toneladas de bens de primeira necessidade foram distribuídos por instituições portuguesas, revelou a empresa em comunicado. Bancos alimentares, cantinas sociais, hospitais, instituições da Cruz Vermelha ou da Cáritas portuguesa foram algumas das entidades que beneficiaram com esta iniciativa.

Missão Continente

A Missão Continente deu recentemente a conhecer o seu saco de compras solidário e reutilizável, cujas vendas revertem na totalidade para apoiar a capacidade de resposta da Cruz Vermelha Portuguesa aos pedidos de apoio que lhe chegam, avançou a marca em comunicado de imprensa. Disponível pelo preço de um euro em todas as lojas Continente, metade do valor de venda deste saco reverterá diretamente para a Cruz Vermelha Portuguesa.

Antes desta iniciativa, a Missão Continente tinha já, em parceria com a TVI e a Federação Portuguesa de Futebol, colocado em andamento uma campanha solidária com intuito de apoiar quem mais passa por dificuldades económicas, intitulada “Todos por Todos” e que esteve em vigor desde 13 de novembro até 27 de dezembro. O resultado? 1.2 milhões de euros angariados em alimentos.

Tal foi possível, nomeadamente, através da iniciativa dos vales solidários, que contou com a contribuição de todos os portugueses para a entrega de donativos e alimentos à Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), à Rede de Emergência Alimentar e à União Audiovisual. Os clientes que mais contribuíram para esta iniciativa solidária foram ainda recompensados com bilhetes para um de 11 concertos de músicos portugueses, numa tentativa de prestar apoio à cultura e ao meio artístico.

Grupo Nabeiro-Delta Cafés

Consciente das dificuldades que têm vindo a ser sentidas por certas famílias, bem como pelos negócios da restauração, o Grupo Nabeiro-Delta Cafés criou, em conjunto com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o movimento “Lugar à Mesa”.

Através desta iniciativa, o grupo propôs-se a oferecer refeições confecionadas por um grupo inicial de 25 restaurantes lisboetas aderentes a famílias carenciadas. A primeira fase deste projeto decorria até 17 de janeiro, embora o mesmo se tenha visto estendido até 25 deste mês. Como indica o site do projeto, foram já doadas mais de cinco mil refeições a famílias afetadas pela pandemia, com qualquer cidadão a deter a possibilidade de realizar um contributo individual.

Nestlé

A Nestlé foi outra das marcas a juntar-se a esta onda de solidariedade. Ao ECO, fonte oficial da marca conta como, “nos primeiros dias deste ano”, optou por apoiar o Banco Alimentar, através da oferta de refeições da sua marca própria Garden Gourmet, destinadas à distribuição por “quem mais precisa”.

Desde que a pandemia chegou a Portugal e até à data atual, “a Nestlé doou 685 mil embalagens dos mais variados produtos e bebidas do seu portefólio, incluindo também produtos de alimentação para animais de companhia”, revelou a mesma fonte.

Super Bock

A Super Bock foi outra das marcas a desenvolver uma iniciativa com vista a apoiar os mais afetados pela pandemia. Neste caso, a Associação União Audiovisual foi o alvo escolhido para a realização de uma doação no valor de 26 mil euros.

Isso só foi possível através do lançamento, no final de 2020, de uma cerveja especial e solidária, destinada a ser comprada pelos trabalhadores da empresa e pelas respetivas famílias. A totalidade dos lucros resultantes da venda desta cerveja vai reverter para a referida associação.

Unicre

Tal como é já hábito da empresa durante o período do Natal, a Unicre, instituição financeira especializada na gestão e disponibilização de serviços de crédito e de pagamentos, voltou a associar-se à Fundação do Gil para disponibilizar um cartão-presente solidário, intitulado Cartão Alegria, destinado a ser adquirido por consumidores e empresas pelo valor de dois euros.

Este ano, e face ao contexto pandémico, por cada cartão vendido, a empresa ofereceu um donativo no valor de quatro euros para apoiar as atividades da Casa de Acolhimento da Fundação do Gil, bem como para reforçar o projeto de Cuidados Domiciliários Pediátricos da instituição. No total, foram doados 32.258 euros, avança a marca em comunicado.

Viva Wallet

O Viva Wallet, um neobank europeu inteiramente baseado na Cloud, anunciou no final da semana passada, através de uma publicação na sua página no Facebook, uma iniciativa que “visa apoiar um dos setores mais afetados pela pandemia”, isto é, o setor da restauração. Neste sentido, a empresa propôs-se a oferecer gratuitamente terminais de pagamento portáteis, bem como a utilização dos seus serviços a todas as empresas do setor da restauração com interesse em aderir.

CTT

Os CTT – Correios de Portugal têm também vindo a desempenhar iniciativas destinadas a apoiar a economia e a sociedade portuguesa neste período de maior aperto. Mais recentemente, a marca optou por oferecer seis meses de mensalidade do seu serviço Criar Lojas Online, “no âmbito de um protocolo com os Municípios”, dando a “empresas que não têm presença digital” a possibilidade de criarem “uma loja online de forma simples e rápida”, oferecendo-lhes assim uma nova forma de chegarem aos seus consumidores, revelou fonte oficial dos CTT ao ECO. Esta é uma oferta que está disponível para todos os lojistas, comerciantes e produtores locais que adiram ao serviço até 15 de fevereiro.

A propósito do Natal, os CTT apoiaram ainda a campanha de Natal da NOS, que permitiu o envio de milhares de Ursinhos Presente através do Correio Verde, “cujas receitas das vendas reverteram para a Associação Coração Amarelo”. Esta associação tem como objetivo combater a solidão dos mais idosos, esclareceu a mesma fonte.

Rnters

A Rnters é conhecida por ser uma startup portuguesa que permite o aluguer de qualquer tipo de artigos. Num Natal que ficou inevitavelmente marcado pela pandemia, a marca realizou mais uma edição da sua iniciativa Pinheiro Bombeiro, através da qual os seus clientes podiam alugar pinheiros que tiveram de ser cortados na limpeza de matas e na prevenção de incêndios, podendo assim ser usados como decorações natalícias.

Durante as festividades natalícias, foram angariados cerca de 30.900 euros com esta iniciativa, avançou a marca em comunicado de imprensa, os quais serão doados aos Bombeiros Voluntários Portugueses para aquisição de novos equipamentos profissionais. Tal foi possível através do aluguer de 5.900 pinheiros, um aumento de 2.000 árvores face à última edição do projeto, de acordo com os dados divulgados pela Rnters.

Airbnb

No passado mês de dezembro, a Airbnd anunciou o seu intuito de oferecer alojamento temporário a trabalhadores e voluntários que se encontravam na linha da frente do combate contra a Covid-19 e que não podiam ir a casa, nomeadamente, por necessitarem de manter alguma distância em relação aos seus familiares, de forma a não colocá-los em risco.

Tal foi possível através da recente criação da Airbnb.org, organização sem fins lucrativos que conta com o apoio de entidades como a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) e a Community Organized Relief Effort (CORE), de forma a “oferecer alojamento em situações de emergência” a todos aqueles que dele necessitam, pode ler-se no site oficial da organização.

Embora tendo como foco principal o contexto da pandemia, pessoas desalojadas, trabalhadores humanitários ou refugiados são também visados com esta iniciativa.

Rede Energia

A Rede Energia, empresa que comercializa combustíveis low-cost, aproveitou a época natalícia para se solidarizar com quem se encontra a “atravessar maiores dificuldades” devido ao “surgimento da situação pandémica provocada pela Covid-19“, avança a marca através de uma publicação na rede social Facebook.

Nesse sentido, a empresa angariou um total de 1.859 ceias de Natal, as quais foram entregues a 22 de dezembro à Rede de Emergência Alimentar, pode ler-se na mesma publicação. Tal foi possível através da sua campanha “Depósito Solidário”, em vigor de 10 de novembro a 21 de dezembro, e que oferecia uma ceia de Natal à já mencionada instituição por cada 3.000 litros de combustível vendido.

Nissan

Também no setor automóvel têm existido iniciativas de responsabilidade social em tempos de Covid-19. É o caso da Nissan, que cedeu à Cruz Vermelha Portuguesa três automóveis, do modelo Qashqai, destinados a apoiar no transporte de testes à Covid-19, os quais são realizados pelo pessoal médico da própria Cruz Vermelha Portuguesa.

Esta é uma medida que surge no âmbito do programa #EuAjudoQuemAjuda da instituição, com o objetivo de “reforçar o combate” contra a Covid-19 durante as “próximas semanas”, esclareceu a marca automóvel em comunicado de imprensa enviado às redações.

Porsche AG

No princípio da pandemia, a Porsche Ibérica criou a divisão Porsche Compromisso Social (PCS), a qual nasceu com o objetivo de promover a criação ou a associação da marca a projetos de cariz solidário. A filial ibérica da empresa desenvolveu diversas iniciativas, como por exemplo o programa Porsche SOMA, que em Portugal resultou numa colaboração com a Rede de Emergência Alimentar, e a angariação de 300.000 euros com o fim de serem distribuídos pelos Bancos Alimentares de Portugal e Espanha.

Agora, a “empresa-mãe”, a Porsche AG, optou por reforçar essa mesma ajuda a estas causas de natureza social, alocando mais 200.000 euros às somas investidas pela Porsche Ibérica para apoiar aqueles que mais necessitam.

AEP – Associação Empresarial de Portugal

Várias empresas, bem como alguns particulares, contribuíram também para que a AEP – Associação Empresarial de Portugal tenha oferecido cerca de 100 mil euros ao Banco Alimentar Contra a Fome do Porto, no âmbito da iniciativa intitulada “SOS – CORONAVÍRUS”, promovida em conjunto com a Ordem dos Médicos. Em comunicado de imprensa, a associação refere que o donativo surge com o objetivo de “fazer face às crescentes situações de emergência que uma parte significativa da população portuguesa enfrenta”.

Isto depois de ter cedido já, no final do mês passado, 300 mil euros ao Hospital de São João, para ajudar na criação de “unidades de isolamento aéreo para Cuidados Intensivos, com condições para receber doentes com enfermidades infectocontagiosas”.

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Rally da GameStop desacelera. Wall Street fecha no vermelho

Após ter anunciado que a sua vacina mostrou uma eficácia média de 66%, a Johnson & Johnson desvalorizou 3,5% e pressionou Wall Street.

O rally da GameStop perdeu força ao longo da sessão, mas ainda assim a retalhista de videojogos — escolhida dos utilizadores do fórum Wall Street Bets no Reddit — valorizou 67,8%. Apesar do ganho ser expressivo, a cotada chegou a duplicar de valor tendo desacelerado com a garantia do regulador dos mercados de que está a acompanhar o fenómeno. A sessão fechou negativa em Wall Street.

A plataforma de trading Robinhood (popular por não cobrar taxas de transações) levantou a proibição de negociação das ações da GameStop e de um grupo de outras ações, que tinha limitado na quinta-feira apontando preocupações com a volatilidade no mercado: cada ação da empresa de videojogos flutuou entre 112 dólares e 483 dólares. Durante a noite, captou mil milhões de dólares em capital junto de investidores, numa operação inesperada.

No início do mês, as ações da GameStop negociavam abaixo dos 20 dólares, sendo que o fenómeno foi alimentado por grupos de investidores na rede social Reddit e que usam plataformas como a Robinhood. Esta sexta-feira, com o fim da proibição, os títulos chegaram a disparar 114%, mas acabaram por fechar nos 325 dólares. A AMC avançou 53,3%, a Koss 52,2%, a BlackBerry 4,5% e a Nokia 3,85%, nomeando apenas algumas das empresas que estão envolvidas no caso.

Em sentido contrário, a Johnson & Johnson destacou-se pela negativa. A farmacêutica anunciou que a sua possível vacina contra a Covid-19 tem uma eficácia de 85% na prevenção de doenças graves a partir do 28º dia em que é tomada. A vacina mostrou uma média de 66% de eficácia nas regiões onde foi testada. As ações caíram 3,5%.

O índice industrial Dow Jones recuou 2,06% para 29.973,47 pontos, enquanto o financeiro S&P desceu 1,97% para 3.712,77 pontos e o tecnológico Nasdaq recua 2,05% para 13.063,58 pontos, na última sessão de uma semana marcada pela época de resultados.

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Fundo que perdeu milhões com a GameStop abandona o shortselling

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

Após uma vertiginosa valorização, provocada por pequenos investidores, até aos 400 dólares verificada esta semana, a Citron perdeu milhares de milhões de dólares e deu-se por vencida.

A Citron Research, uma conhecida empresa de análise de vendas a descoberto (short-selling, em inglês) que tem estado no centro do fenómeno GameStop, anunciou esta sexta-feira que vai mudar de foco e passar a privilegiar o longo prazo.

“Ao fim de 20 anos, demo-nos conta de algo. Quando começámos, supunha-se que a Citron estava contra o establishment. Mas acabámos por ser o establishment”, explicou, em vídeo colocado na rede social YouTube, o seu fundador, Andrew Left, que reconheceu ter “perdido o foco” e garantiu que vai deixar de publicar relatórios sobre vendas a descoberto.

A decisão de Left foi tomada depois de dias de loucura em Wall Street, em que pequenos investidores, coordenados nas redes sociais como a Reddit, “anularam” as opções de vendas a descoberto de grandes fundos de investimento, que apostavam em fazer ganhos com a queda de títulos como a da cadeia de lojas de videojogos GameStop.

As vendas a descoberto consistem em vender ações, emprestadas, apostando na sua descida. Quando esta se verifica, compram-se e devolvem-se os títulos, embolsando os ganhos. O problema coloca-se quando a cotação não desce, ou, pior ainda, sobe. As perdas podem então ser muito elevadas.

A Citron Research tinha indicado em um dos seus relatórios que a ação da GameStop, empresa com problemas financeiros, ia cair para os 20 dólares, quando cotava a 40, o que representava uma oportunidade de lucro rápido para as vendas a descoberto. Porém, após uma vertiginosa valorização, provocada por pequenos investidores, até aos 400 dólares verificada esta semana, a Citron perdeu milhares de milhões de dólares e deu-se por vencida.

“Se alguém escolher comprar GameStop (…) é assunto seu. Na segunda-feira vamos começar outra história. Queremos respirar, sorrir, estamos emocionados pelos próximos 10 ou 20 anos da Citron; esperamos pôr a nossa experiência e sobretudo a nossa amabilidade de volta ao mercado”, assinalou. Citron converteu-se no objeto da fúria dos utilizadores da Reddit, à semelhança de fundos de investimento, como o Melvin Capital, que sofreu fortes perdas pela sua exposição à GameStop nas vendas a descoberto.

Left ganhou notoriedade com a publicação de relatórios com oportunidades de vendas a descoberto, baseado no que considerava serem valorizações excessivas ou possíveis fraudes, mas, como disse agora no vídeo em 2020 o fundo que gere teve muito bons resultados com apostas em empresas de crescimento a longo prazo e mais do que duplicou os seus investimentos.

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Variante do Reino Unido com “crescimento exponencial” em Portugal

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

Investigador do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge estima que a taxa de crescimento semanal da variante britânica do Covid-19 no país atinja os 90%.

A variante do vírus SARS-Cov-2 detetada no Reino Unido está em “crescimento exponencial” em Portugal, afirmou um investigador do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, que estima que a taxa de crescimento semanal atinja os 90%.

“Estimamos também que dentro de três semanas cerca de 65% de todos os casos de covid-19 em Portugal sejam causados pela variante do Reino Unido”, declarou João Paulo Gomes numa audição conjunta com outros especialistas em saúde pública na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia e do processo de recuperação económica e social, no parlamento.

Questionado sobre o grau de transmissibilidade desta variante, o coordenador do estudo sobre diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal afirmou que é cerca de 50% mais transmissível.

Se a variante do Reino Unido tinha em dezembro “um peso modesto”, neste momento tem “um peso muito sensível no número de casos de covid-19 em Portugal”, disse, considerando que “funciona como um contrapeso muito considerável às medidas de confinamento”.

Na audição, João Paulo Gomes contou como a variante foi entrando no país: “Os alertas internacionais começaram a surgir em meados do mês de dezembro”.

“Apesar de ter sido reportada inicialmente no final do verão no sudeste do Reino Unido, à medida que foi ganhando prevalência no Reino Unido começaram os relatos da sua presença e espalhamento noutros países e Portugal não foi exceção”, relatou.

O INSA começou a investigar e começaram a surgir os primeiros casos em dezembro.

“Esses casos terão sido associados naturalmente com o massivo regresso dos nossos emigrantes a trabalhar no Reino Unido durante o mês de dezembro e também muitos turistas britânicos que vieram passar férias durante o mês de dezembro também a Portugal”, contou.

Portanto, terão ocorrido “imensas introduções” durante o mês de dezembro, disse, lembrando que na primeira quinzena de dezembro os viajantes do Reino Unido não eram obrigados a apresentar um teste negativo, nem tão pouco eram obrigados a ser testados nos aeroportos portugueses.

“Isso mudou e a partir de janeiro do mesmo do ano passaram todos a ser testados. No entanto houve muitas introduções e isso fez com que a variante do Reino Unido se espalhasse muito rapidamente”, sublinhou.

À data de hoje, estima-se que entre 35% e 40% dos casos totais de covid-19 em Portugal já sejam causados por esta variante.

Em termos de evolução da sua prevalência se no início do mês de dezembro, as estimativas apontavam que não passaria de um percentual mínimo de 1%, neste momento “está em crescimento exponencial”.

Sobre o motivo de haver mais casos em Lisboa e Vale do Tejo, disse que por ser talvez a região para os quais há “dados mais robustos, mais consistentes”.

Também questionado sobre a variante do Brasil, o investigador do INSA disse que ainda não foi detetada em Portugal, mas ressalvou que não pode assegurar com certeza este facto.

“Posso dizer, no entanto, que estamos a fazer rastreios de base mensal em colaboração com um enorme consórcio laboratorial espalhada por todo o país para fazermos umas largas centenas de amostras com uma representação geográfica”, adiantou.

João Paulo Gomes afirmou que o foco agora é em casos suspeitos com historial de viagem no âmbito da colaboração e da informação que recebem das autoridades de saúde pública.

A atenção é nos casos de pessoas que vieram infetadas do Brasil ou que tiveram contacto com casos positivos com historial de viagem relevante, neste caso o Brasil, sendo as amostras correspondentes enviadas para o INSA para serem sujeitas à análise de caracterização genética por sequenciação, avançou.

No que diz respeito à variante da África do Sul, disse que até agora foi identificado apenas um caso, mas as autoridades de saúde têm feito chegar alguns casos suspeitos ao laboratório.

“Agora temos a correr uma sessão de caracterização genética com alguns desses casos e, portanto, em alguns dias poderá ou não haver novidades”, rematou João Paulo Gomes.

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Flexdeal “impossibilitada” de apresentar contas no prazo

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

O exercício contabilístico decorre entre outubro e setembro do ano civil seguinte. Porém, a pandemia teve impacto nas suas sociedades, agravado pela proibição de circulação entre concelhos.

A Flexdeal indicou que está “impossibilitada” de apresentar as suas contas no prazo estipulado, face aos constrangimentos provocados pela pandemia, estimando que essa publicação só deve ocorrer no final de fevereiro, foi comunicado esta sexta-feira ao mercado.

“A Flexdeal informa que se encontra impossibilitada de cumprir o prazo que lhe é imposto para a publicação dos seus documentos de prestação de contas individuais e consolidadas, estimando — à luz dos elementos atualmente disponíveis — que essa publicação ocorra no final do mês de fevereiro de 2021”, lê-se no comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo a empresa, o exercício contabilístico decorre entre outubro e setembro do ano civil seguinte, porém, o contexto pandémico teve impacto nas suas sociedades, agravado pela proibição de circulação entre concelhos.

O contexto pandémico envolvente causa, assim, perturbações graves na conclusão do processo de relato financeiro e de divulgação dos seus documentos de prestação de contas anuais e individuais consolidadas”, notou a Flexdeal, a primeira Socieadade de Investimento Imobiliário para o Fomento da Economia (SIMFE) em Portugal.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.191.865 mortos resultantes de mais de 101 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 11.886 pessoas dos 698.583 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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AHRESP defende apoio para empresas recentes

  • ECO
  • 29 Janeiro 2021

O setor pede que as empresas recentes, com atividade iniciada nos primeiros meses de 2020, sejam incluídos nos apoios disponíveis com urgência,

A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defende esta sexta-feira, no seu boletim diário, a “urgente disponibilização dos apoios existentes às empresas que iniciaram a sua atividade e faturação no decorrer do ano de 2020“.

As empresas, que investiram no setor meses antes do início da crise sanitária e económica originada pela pandemia, estão impedidas de aceder aos apoios disponíveis a fundo perdido, uma vez que não têm histórico de faturação suficiente para mostrar a quebra no negócio, e algumas nem sequer estavam legalmente constituídas a 1 de janeiro de 2020.

“É importante que sejam encontradas formas de apoiar estas novas empresas que, com níveis de faturação próximos de zero, não dispõem de liquidez para sobreviver aos próximos meses“, resume a associação.

 

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Volume de negócios da Sonae MC sobe 9,6% para 5.153 milhões de euros em 2020

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

No ano passado, a empresa abriu 89 lojas próprias, 13 das quais Continente Bom Dia, adicionando, aproximadamente, 31 mil metros quadrados à área total de vendas.

O volume de negócios da Sonae MC subiu 9,6% ou 6,6% na base comparável de lojas para 5.153 milhões de euros em 2020, foi comunicado esta sexta-feira ao mercado. “O crescimento do volume de negócios superou o mercado, alcançando 5.153 milhões de euros, o que representou um aumento de 9,6% no universo total e de 6,6% na base comparável de lojas”, lê-se no comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Por segmento, a faturação dos hipermercados fixou-se em 1.758 milhões de euros no ano passado, mais 6,4% do que no período homólogo, enquanto a dos supermercados situou-se em 2.527 milhões de euros, uma progressão de 12,8% em comparação com 2019. Já a faturação dos novos negócios de crescimento e outros ascendeu a 868 milhões de euros, acima dos 810 milhões de euros registados em 2019, ou seja, mais 7,1%.

Só no quarto trimestre, o volume de negócios total da Sonae MC cresceu 8,5%, face ao mesmo trimestre de 2019, para 1.383 milhões de euros. Em 2020, as vendas ‘online’ avançaram cerca de 80%, impulsionadas pelo aumento da “capacidade de preparação e entrega de encomendas” face ao “forte aumento” da procura.

No ano passado, a empresa abriu 89 lojas próprias, 13 das quais Continente Bom Dia, adicionando, aproximadamente, 31 mil metros quadrados à área total de vendas. A Sonae MC detém, segundo os dados reportados ao final de 2020, uma rede de lojas com 1.313 unidades (incluindo franquias), o que corresponde a 942 mil metros quadrados de área de vendas.

Num ano turbulento e sem precedentes, a Sonae MC prosseguiu a dinâmica positiva dos últimos anos, obtendo um desempenho comercial robusto e fortalecendo a sua posição de liderança num mercado em evolução”, afirmou, citado no mesmo documento, o presidente executivo da empresa. Luís Moutinho sublinhou ainda que a Sonae MC está orgulhosa dos resultados obtidos no período em causa, sobretudo, no que concerne à resposta ao impacto da pandemia de covid-19.

“Os nossos colaboradores foram insuperáveis a assegurar a continuidade da distribuição de alimentos, garantindo a segurança dos nossos clientes e adaptando a experiência de compra nas nossas lojas para ir ao encontro de necessidades e expectativas dos consumidores em evolução acelerada”, acrescentou. Além do Continente, a Sonae MC detém marcas como o Meu Super, Wells, go natural, BAGGA, note!, ZU e a Maxmat.

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Tripulantes contestam acordo de emergência proposto pela TAP

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

"Apresentámos alternativas que correspondiam às exigências do plano de reestruturação e que cumprem os limites da massa salarial. Mesmo assim, para a TAP, isso não é suficiente”, lamentou o sindicato.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) contesta o acordo de emergência proposto pela TAP e acusa a companhia de “desinteresse” pelos trabalhadores, de acordo com um comunicado divulgado esta sexta-feira.

“Com dados concretos, provámos que através de um programa de medidas de adesão voluntária ambicioso conseguimos atingir todos os objetivos salariais do plano de reestruturação, evitando os despedimentos. Apresentámos alternativas que correspondiam às exigências do plano de reestruturação (que ainda não conhecemos) e que cumprem os limites da massa salarial definidos pela própria administração, permitindo um aumento significativo da produtividade. Mesmo assim, para a TAP, isso não é suficiente”, lamentou o sindicato.

O SNPVAC recordou que no dia 26 de janeiro, a administração da TAP apresentou “uma proposta de acordo de emergência, que mais não era do que uma lista de cláusulas” do acordo de empresa (AE) destes profissionais “que a TAP sempre quis eliminar”, com o objetivo, defendeu a estrutura, de “reduzir de forma brutal o rendimento dos tripulantes e das suas condições de trabalho” e garantindo que a transportadora foi incapaz “de demonstrar a quantificação dessas medidas, nem adiantar quantos postos de trabalho as mesmas visam salvar”.

Esta proposta da administração da TAP não merece comentários e é apenas um copy-paste de um documento em tempos enviado para o nosso sindicato para negociação para um novo AE. Coincidência ou não, também nessa altura, a conhecida BCG estava a elaborar o sobejamente conhecido projeto “RISE”. Tudo isto é inadmissível para uma gestão profissional de uma das maiores companhias portuguesas”, acusou.

O SNPVAC disse ainda que “o desinteresse é tal que até ao dia de hoje só existiram duas reuniões, e ambas de curta duração, para tratar de um tema tão sério para a vida de milhares de tripulantes e de todas as suas famílias”.

O sindicato lembrou ainda que a 27 de novembro, “a administração da TAP, comprometeu-se a apresentar os pressupostos de um programa de medidas de adesão voluntária até fim de 2020”. Dois meses depois “desconhecemos, em absoluto, as condições desse programa”, lamentou a estrutura. O SNPVAC garantiu ainda que continuará a negociar, “se é que esta palavra ainda faz sentido”, para “provar que há lugar para todos na nossa TAP”, sem adiantar de que forma o pretende fazer.

No dia 20 de janeiro, o SNPVAC adiantou que foi confrontado com o envio, pela TAP “de uma proposta extremamente gravosa, que contempla a supressão de inúmeras e importantes cláusulas do atual AE [Acordo de Empresa], nomeadamente do Regulamento de Composição de Tripulações, do Regulamento de Remunerações, Reformas e Garantias Sociais e do RUPT [Regulamento de Utilização e Prestação de Trabalho], sem salvaguardar os postos de trabalho e sem respeito pelo trabalho desenvolvido por esta direção e os seus assessores”, informou o sindicato, numa nota aos associados.

O SNPVAC lamentou também que na proposta da empresa não tenha sido apresentada “a poupança gerada pela supressão das cláusulas que enumerou”, mas adiantou que a administração ficou “de enviar esses dados” na mesma semana.

“A empresa reafirmou que a não obtenção de um acordo levará à imposição de um Regime Sucedâneo. A direção [do SNPVAC], juntamente com os seus assessores jurídicos está preparada, caso este atropelo à contratação coletiva se concretize, espoletar todos os meios ao nosso alcance para impedir a suspensão do AE”, assegurou.

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