9 em cada 10 portugueses querem mais investimento em renováveis
Num estudo da Marketest, a esmagadora maioria dos portugueses considerou, que o país deveria investir mais em energias renováveis.
O estudo “Notoriedade e Imagem das Energias Renováveis” concluiu que nove em cada dez portugueses consideram que o país deveria investir mais em energias renováveis.
Realizado pela Marktest, para a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), o inquérito chegou também à conclusão que 60% das pessoas são da opinião que Portugal está a fazer pouco para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, e só 30% acredita que o país está a mobilizar esforços suficientes rumo à descarbonização em 2050.
A maioria dos portugueses entrevistados (80%) revelam, ainda, conhecer parcial ou totalmente todos os pontos que compõem a sua fatura de eletricidade, fatura essa que 91% dos inquiridos considera cara.
Mais de 80% acredita que o preço da eletricidade em Portugal é mais elevado do que a média europeia e, para tentar combater isso, 88% considera que se deverá fazer uma aposta em fontes de energia renovável em detrimento de combustíveis fósseis.
52% dos inquiridos referiu mesmo que o uso de energias renováveis reduz o preço de venda da eletricidade.
Mas as razões que levam os portugueses a defenderem a aposta em energias renováveis não se prendem apenas com a diminição da conta de eletricidade, mas também com a preocupação ambiental. Mais de 85% dos inquiridos concordam que as renováveis contribuem positivamente para a diminuição de emissões de gases de efeito de estufa e para minimizar as alterações climáticas e o seu impacto.
A ideia de que é sobretudo o setor privado que investe nas renováveis é partilhada por 61% dos inquiridos. No entanto, a grande maioria considera que o combate às alterações climáticas deve ser uma área prioritária de atuação do governo português e apoia a ideia de que a meta europeia e nacional para a descarbonização da economia até 2050 foi uma decisão de grande relevância. 59% da população é, inclusive, a favor do aumento de impostos sobre os combustíveis mais poluentes de forma a desincentivar o seu uso.
“Os principais resultados deste estudo demostram que a população portuguesa acredita nas renováveis e defende um maior investimento nas energias verdes, de forma a impulsionar a descarbonização. A APREN continuará a trabalhar no sentido de factualmente explicar e mostrar as vantagens da eletricidade produzida a partir de fontes renováveis a toda a linha, nomeadamente o seu impacto muito positivo no controlo dos preços da eletricidade”, afirmou, em comunicado, Pedro Amaral Jorge, presidente da Direção da APREN.
No que diz respeito ao autoconsumo, 87% dos inquiridos não dispõem desta opção, mas quase toda a população (95%) concorda que deveriam existir incentivos e apoios públicos para a aquisição e instalação de painéis solares térmicos e fotovoltaicos nas residências dos portugueses. Ainda assim, dos entrevistados, apenas 20% revelou vontade de ter autoconsumo no futuro.
Já relativamente à eficiência energética, 84% diz que já adotou medidas deste género em sua casa, com 90% a referir que alterou as lâmpadas para LED, 87% a mencionar que adquiriu eletrodomésticos mais eficientes e 71% a referir que não deixa os seus aparelhos em standby.
As “renováveis enquanto motor da recuperação económica”, vão estar em foco na conferência anual da APREN, a Portugal Renewable Energy Summit, que se realiza a 9 e 10 de novembro, e conta com a participação de especialistas na área das energias renováveis, a nível nacional e internacional, que integram os vários painéis de debate dos principais temas do setor.
Ao longo do mês de setembro, o estudo da Marktest fez mais de mil entrevistas, realizadas em regiões urbanas e rurais de todo o país.
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