ISP baixou mas alta do petróleo anula impacto no bolso dos automobilistas
Governo baixou imposto sobre os combustíveis mas alta dos mercados trava impacto do desagravamento fiscal na gasolina e gasóleo nos bolsos dos automobilistas esta segunda-feira.
O Governo decidiu baixar o ISP (imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos) sobre a gasolina (em quase 2,5 cêntimos) e gasóleo (em um cêntimo) na sexta-feira, mas a redução da fiscalidade não se repercutirá no bolso dos automobilistas esta segunda-feira devido à subida dos preços dos combustíveis nas bombas.
Com a alta dos preços do petróleo e derivados petrolíferos nos mercados internacionais na última semana, os combustíveis vão ficar mais caros nos postos de abastecimento em Portugal no arranque da semana, e assim vai ser anulada a redução dos impostos anunciada pelo Executivo na semana passada.
O barril de petróleo superou os 80 dólares na última semana, com o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações nacionais, a transacionar nos 85 dólares, devido às perspetivas de baixa produção petrolífera para atender às necessidades do mercado nos próximos meses.
Isto significará um aumento dos preços do litro de gasolina e gasóleo nas bombas portuguesas quando o preçário for atualizado esta segunda-feira, com as previsões a apontarem para uma subida de dois cêntimos em ambos os combustíveis.
Combustíveis aceleram em 2021
DGEG
De acordo com a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o diesel atingiu os 1,513 euros por litro na passada segunda-feira, subindo mais de 26 cêntimos desde o início do ano. Por seu turno, a gasolina 95 simples chegou aos 1,71 euros por litro, mais 29,5 cêntimos em relação à primeira semana de janeiro.
Em todo o caso, sem esta medida fiscal, a situação seria pior para os consumidores, que estariam a suportar valores ainda mais altos.
A escalada dos preços dos combustíveis tem levantado muitas preocupações em vários setores da economia, que alertam para a subida dos custos e para o impacto na atividade das empresas, com muitas a poderem ter de encerrar face à “situação insustentável”.
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