Há mais quatro mortes e 883 casos de Covid-19 em Portugal

Desde o início da pandemia, o país detetou 1.084.534 casos e registou 18.129 mortes por Covid-19.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 883 novos casos de Covid-19, perfazendo um total de 1.084.534 pessoas infetadas desde o início da pandemia. O boletim diário deste sábado revela ainda mais quatro mortes nas últimas 24 horas, num total de 18.129 óbitos desde o início da crise sanitária.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, e o número de pessoas hospitalizadas com a doença recuou. Atualmente, 274 doentes estão internados em unidades hospitalares (menos dez nas últimas 24 horas), dos quais 55 em unidades de cuidados intensivos (menos cinco).

O boletim dá conta de um total de 1.035.450 recuperados, mais 729 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 30.955 casos ativos em Portugal, mais 150 face a sexta-feira.

Boletim epidemiológico de 23 de outubro:

Em termos regionais, a maioria das novas infeções continua a ser registada em Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Dos 883 novos casos confirmados, 329 localizam-se nesta região, seguindo-se a região Norte, que contabilizou 238 novas infeções, e o Centro, com 187 novos casos. No resto do território continental, o Alentejo identificou e o Algarve 41. Nas ilhas, os Açores registam 21 novos casos, enquanto a Madeira regista 16 infeções.

Há ainda 21.077 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 146 face a sexta-feira.

(Notícia atualizada às 14h30)

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VIP por um dia. É assim a vida a bordo do Classe S

É a berlina de luxo mais vendida no mundo. E quer continuar a dar cartas neste segmento, com a nova geração. Conforto não falta, mas tecnologia também não, num grande automóvel com preço a condizer.

Não são raras as vezes que passa por nós uma berlina preta, de vidros escurecidos, geralmente a um ritmo apressado. Pensamos automaticamente que lá dentro vai alguém importante… e imaginamos como será estar sentado lá dentro. Como será andar num destes automóveis de luxo, que infelizmente não está ao alcance de todos os bolsos? Resolvemos tirar as dúvidas com a mais recente geração do Classe S.

Com as chaves na mão daquela que é a berlina de luxo mais vendida no mundo, dispensámos o volante por uns instantes. VIP que é VIP, entra para o banco de trás. Sem mordomias, abrimos a porta traseira para nos atirarmos para o aconchego da pele de alta qualidade que reveste boa parte do topo de gama da Mercedes. Há aquecimento para os dias frios, mas também ar condicionado dedicado.

Mais conforto parece impossível, mas é: basta deixar cair o separador entre assentos para revelar o pequeno tablet que nos dá controlo sobre a temperatura, mas também um vasto leque de massagens. E que massagens… Chegamos a perder a noção do tempo com todas aquelas “mãos” a acertarem nos pontos certos das costas. Só apetece fechar os olhos ou, em vez disso, criar um ambiente mais privado ao fazer subir as cortinas com apenas um toque no ecrã.

Tudo em ponto grande

Não falta espaço para esticar as pernas no banco de trás, mas a Mercedes também não poupou em centímetros para quando trocamos do lugar do VIP para o do motorista. À frente, as poltronas são igualmente brilhantes. Mas aqui em vez de um tablet, temos um ecrã gigante que parece flutuar entre os dois lugares dianteiros.

Mercedes-Benz S-Klasse, 2020, Studioaufnahme, Interieur: Leder Nappa Sienabraun
Mercedes-Benz S-Class, 2020, studio shot, interior: leather siena brown

Se até agora o sistema MBUX se caracterizava por oferecer um grande ecrã que atravessava mais de metade do tablier, agora assume-se como um tablet de 12,8 polegadas, com resposta háptica, que fica “à mão de semear” tanto de quem conduz como do passageiro do lado. Tem tudo aquilo a que a Mercedes já nos habituou, mas com alguns extras dignos de nota: quando se pára num sinal vermelho, não precisa de espreitar o semáforo porque pode ver o verde através do ecrã.

Como se não bastasse este ecrã, há ainda outro, também de grandes dimensões, posicionado atrás do volante, totalmente personalizável, com a particularidade de ser 3D — faz confusão ao início, mas depois tem o seu quê de brilhante. E para evitar desviar o olhar da estrada há ainda um head-up display rico em informação útil para o condutor que, mesmo que se distraia, sabe que tem todas as ajudas de segurança da Mercedes prontas para atuar.

Não se ouve nada

Dentro do Classe S parece que estamos num mundo à parte — e estamos, tendo em conta o preço de 172.983 euros da unidade ensaiada. Não só pelo luxo, mas também pela sensação de cápsula que se tem a partir do momento em que fechamos a porta. Não se ouve nada, tal o trabalho feito na insonorização deste topo de gama. Nem mesmo quando se liga o motor. Ao ponto de se ter de dar um toque no acelerador para ver o ponteiro digital a reagir.

Não se houve não por ser elétrico, que não o é — esse será o EQS, que terá autonomia para uns estonteantes 770 km. Neste Classe S, um automóvel de mais de duas toneladas, cabe a um diesel fazer as honras. O S 400d é um três litros de seis cilindros com 330 cv que conta com a notável ajuda da transmissão de nove velocidades 9G-Tronic para deslizar pela estrada.

Mercedes-Benz S-Klasse, 2020, Outdoor, Standaufnahme, Exterieur: Hightechsilber // Mercedes-Benz S-Class, 2020, outdoor, still shot, exterior: hightech silver

O binário de 700 Nm disponível a baixas rotações permitem deslocar esta berlina de quase 5,3 metros sem qualquer esforço, atirando-o para desempenhos dignos de outros modelos mais desportivos. Bastam 5,4 segundos para chegar aos 100 km/h, sendo a velocidade máxima limitada a 250 km/h.

Seja a 100 km/h, seja a velocidades mais elevadas — acima das permitidas pelo Código da Estrada –, a sensação é de que flutuamos pela estrada, mesmo em algumas mais esburacadas. A suspensão pneumática adaptativa Airmatic, garante sempre um elevado conforto independentemente do modo de condução selecionado. Mesmo com o modo desportivo selecionado, o Dynamic.

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Bloco e Governo ainda não se entenderam. Se nada mudar, partido vota contra OE

Se nada mudar, a Comissão Política do Bloco "proporá à Mesa Nacional a orientação de voto contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022".

O Bloco de Esquerda considera que o Governo não fez novas aproximações às propostas apresentadas pelo partido, pelo que a reunião realizada este sábado de manhã terminou sem avanços. O partido deverá propor o voto contra o Orçamento do Estado, se nada mudar, apesar de manter abertura para as negociações até à votação.

“Na reunião desta manhã, o governo não realizou qualquer nova aproximação às nove propostas do Bloco de Esquerda. A manter-se este quadro, a Comissão Política proporá à Mesa Nacional a orientação de voto contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022″, adiantou fonte do Bloco de Esquerda, ao ECO.

Ainda assim, o Bloco de Esquerda “comunicou ao Governo que, até à votação na generalidade, estará aberto à negociação”. O partido reuniu esta manhã com o Governo, depois de António Costa ter anunciado várias medidas esta sexta-feira à noite, nomeadamente uma antecipação do aumento extra das pensões, que vai beneficiar pensões até 1.097 euros, as creches gratuitas até 2024 e, no IRS, o aumento do mínimo de existência em 200 euros.

O BE fez chegar ao Governo nove propostas, nas áreas da saúde, segurança social e legislação laboral, para as negociações do OE2022. O Executivo tem tentado fazer avanços no sentido dessas medidas, mas ainda não as concretizou plenamente, segundo considera o partido, que pediu um acordo escrito.

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Costa admite continuar a governar em caso de chumbo do OE mas respeitará decisão do Presidente

  • Lusa
  • 23 Outubro 2021

O líder socialista alegou que legislativas antecipadas “é um cenário” que nunca colocou em cima da mesa. Não é consequência "inevitável", apontou António Costa.

O primeiro-ministro afirmou-se esta sexta-feira preparado para continuar a governar, mesmo se o Orçamento para 2022 chumbar, mas adiantou que respeitará se o Presidente da República tiver um entendimento diverso e convocar eleições antecipadas.

Esta posição foi transmitida por António Costa em conferência de imprensa, no final da reunião da Comissão Política Nacional do PS, que começou na sexta-feira à noite.

Questionado se está preparado para ir a eleições na sequência de um eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2022, o secretário-geral do PS começou por responder: “Se [os partidos] disserem que não, então eu estou preparado para cumprir os meus deveres para com o país, que é manter o país na trajetória de governação que tem vindo a ser prosseguida”.

“Se o senhor Presidente da República entender de uma forma diversa, eu respeitarei a decisão, e estou preparado para tudo. Agora, para já, para já, estou preparado para cumprir o meu dever. E o meu dever é continuar a governar e conduzir o país nestas águas que ainda são bastante turbulentas, e onde não convém introduzir fatores de instabilidade, de incerteza que perturbem a recuperação económica e social”, completou.

Antes, interrogado se janeiro, fevereiro será a pior altura para o PS ir a eleições, o líder socialista alegou que legislativas antecipadas “é um cenário” que nunca colocou em cima da mesa.

“O senhor Presidente da República, enfim, entendeu dizer que, se o Orçamento não fosse aprovado, era a consequência que retiraria. Essa preocupação não foi nem uma consequência que nós considerássemos inevitável, nem uma consequência em que nós estejamos a trabalhar”, afirmou.

António Costa reiterou que o seu Governo trabalha para ter um Orçamento viabilizado, porque “seria uma enorme perda para o país perder a oportunidade de ter um bom Orçamento”.

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Boeira investe 2,5 milhões de euros numa casa centenária em Gaia

O grupo Boeira comprou uma casa centenária que vai ser transformada num clube com espaço para eventos e sete suítes de luxo. Adquiriu também este ano uma quinta no Douro, em Alijó.

O grupo Quinta da Boeira adquiriu uma casa localizada em Vila Nova de Gaia, projetada no século XIX pelo famoso arquiteto Teixeira Lopes, que pertenceu à família C. da Silva, nome ligado também à exportação de Vinhos do Porto. Chama-se “Boeira Port Club”, vai contar com um espaço para eventos com capacidade para 30 pessoas, sala de jogos, sete suítes de luxo e um jardim com 3.500 metros quadrados. Um investimento que rondará os 2,5 milhões de euros, revela ao ECO o sócio-gerente da Quinta da Boeira, Albino Jorge.

“A casa que está anexa à Quinta da Boeira em Gaia estava à venda e o grupo Quinta da Boeira adquiriu a propriedade. O nosso objetivo é manter a traça original, tendo em conta que é uma casa que está classificada de interesse municipal. Tem a particularidade de ter mobília desenhado pelo arquiteto Teixeira Lopes”, conta Albino Jorge.

Os membros do clube Boeira — pessoas que gostam de conhecer a história, o processo de criação e toda a envolvência do Mundo dos Vinhos –, podem usar a quinta para casamentos, batizados, reuniões familiares, entre outros. O espaço pode ser também alugado por outras pessoas para pequenos eventos, tanto de cariz empresarial como de familiar. O espaço de eventos e o jardim vai ficar concluído já no próximo mês.

A construção das suítes no piso superior deverá estar concluída em 2023 e será destinada aos sócios do clube Boeira, clientes e jornalistas internacionais.

Boeira compra quinta no Douro

A Boeira Port Club faz parte de um plano de investimento de 40 milhões de euros que o grupo tem vindo a fazer desde que adquiriu a Quinta da Boeira em Vila Nova de Gaia, em 1999. Além deste investimento, o grupo Boeira adquiriu este ano uma quinta no Douro, em Alijó, com 40 hectares e uma capacidade de produção de um milhão de litros. Um investimento de 1,5 milhões de euros.

“Nós tínhamos a quinta da Boeira em Vila Nova de Gaia. Com esta aquisição, temos também a Quinta da Boeira no Douro. É toda mecanizada, não tem patamares e tem a maior quantidade da casta touriga. Esta última vindima já foi produzida na quinta do Douro”, explica Albino Jorge.

90% da produção dos vinhos da Boeira são para exportação, sendo que Dinamarca, Luxemburgo e Polónia são os principais mercados. No entanto, o leque de clientes também conta com chineses, americanos, canadienses, ingleses, alemães e franceses. Brevemente, os vinhos da Quinta da Boeira vão igualmente chegar à Nova Zelândia.

Por ano, são vendidas cerca de meio milhão de garrafas. Para o sócio-gerente da Quinta da Boeira, os vinhos da Boeira “não se distinguem pela quantidade, mas sim pela qualidade”.

O grupo conta com a Quinta da Boeira localizada em Vila Nova de Gaia, recuperou um palacete que se encontrava em avançado estado de deterioração e transformou-o em escritórios e num restaurante de luxo com capacidade para cerca de 80 pessoas.

Construiu também a maior garrafa do mundo, com 32 metros de comprimento por 10 de diâmetro e abriu um hotel de cinco estrelas, com 119 quartos e cinco suítes, o Boeira Garden Hotel Porto Gaia, Curio Collection by Hilton, explorado pela cadeia Hilton.

“A imagem que estamos a criar ligada ao vinho do Porto permite-nos os investimentos e ir criando, lentamente, uma imagem de marca seletiva”, conclui o sócio-gerente da Quinta da Boeira, Albino Jorge.

Boeira propõe nova categoria de Vinho do Porto

A Quinta da Boeira acaba também de enviar ao Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) uma proposta para criar uma nova categoria de Vinho do Porto, com a designação de Full Body – Young Harvest.

Se fosse aprovada, esta nova categoria seria atribuída aos vinhos Vintage e Late Bottled Vintage (LBV) acabados de colher na vindima e que, por regra, terão de aguardar dois a quatro anos para serem comercializados. A proposta apresentada ao IVDP aponta a vindima de 2022 para início da comercialização desta nova categoria.

De acordo com a Quinta da Boeira, abrir esta nova categoria no Vinho do Porto permitiria vender em dezembro do ano de vindima, entre 2% a 3% da produção do Douro. Contas feitas, poderiam ser vendidas entre dois a três milhões de garrafas, o que representaria um encaixe financeiro de mais de 30 milhões de euros para a Região Demarcada do Douro.

“Temos vindo a verificar que uma grande maioria dos clientes, agentes e jornalistas que nos visitam no período de vindima, ao provarem os vinhos do Porto selecionados para a qualidade Vintage e LBV, propõem a compra imediata. Isto fez-nos perceber que podemos ter uma boa opção de encaixe financeiro imediato para o setor”, adianta Albino Jorge, administrador da Quinta da Boeira, Arte e Cultura.

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IRS, creches e mais pensões. Costa anuncia mais 9 medidas para tentar aprovar o Orçamento

O aumento extra das pensões vai ser antecipado para janeiro e vai beneficiar pensões até 1.097 euros. As creches vão ser gratuitas até 2024 e, no IRS, o mínimo de existência aumenta em 200 euros.

No final da reunião da Comissão Política Nacional do PS, António Costa anunciou mais medidas para tentar convencer o PCP e o Bloco de Esquerda a viabilizarem o Orçamento do Estado para 2022.

As medidas foram anunciadas esta madrugada na reunião da Comissão Política Nacional do PS, que se destinava a avaliar o estado das negociações entre Governo, PCP, PEV, Bloco de Esquerda e PAN para a viabilização do Orçamento do Estado para 2022.

António Costa anunciou nove medidas para tentar desbloquear as negociações.

1. Salário mínimo vai chegar aos 850 euros em 2025

No papel de secretário-geral do PS, António Costa disse que quer “recuperar o peso das remunerações no PIB que desde 2008 até 2015 caiu. Queremos subir dos atuais 45% para os 48%, que é a média das remunerações no PIB no conjunto da União Europeia”.

Para que isso seja possível, “temos um calendário definido para a valorização do Salário Mínimo Nacional para os próximos anos, que aumentará sempre acima do PIB”. Assim, o Salário Mínimo vai aumentar:

  • 40 euros em 2022 para 705 euros
  • 45 euros em 2023 para 750 euros
  • 50 euros em 2024 para 800 euros
  • 50 euros em 2025 para 850 euros

Além desta intenção de aumentar o salário mínimo, intenção que vai para além da atual legislatura, António Costa também anunciou que “o Grupo parlamentar do PS vai propor ou vai apoiar na discussão do Orçamento na especialidade” as seguintes alterações:

2. Aumento extra de 10€ para mais pensionistas

Em vez de um aumento de 10 euros nas pensões a partir de 1 de agosto, o PS vai propor que este aumento extraordinário seja antecipado para janeiro de 2022.

Além disso, em vez de abranger pensionistas que recebam até 1,5 IAS (658 euros), o aumento extra vai beneficiar pensionistas com reformas até 2,5 IAS, ou seja, 1.097 euros mensais.

3. Eliminar o fator de sustentabilidade, mas pouco

O primeiro-ministro também anunciou na sede do PS que vai eliminar o fator de sustentabilidade para os pensionistas que tenham 60 anos e que tenham 80% de incapacidade durante pelo menos 15 anos.

O Bloco queria a eliminação deste fator para todas os reformados com 60 anos e 40 anos de desconto, mesmo que os 40 anos de descontos não tenham sido alcançados aos 60 anos de idade.

4. Mais 170 mil isentos de IRS

No final da reunião da Comissão Política Nacional do PS, António Costa também disse que o partido “está disponível para aprovar ou propor um aumento do mínimo de existência em 200 euros”.

Esta alteração vai permitir que mais pessoas (170 mil) passem a ficar isentas de pagar IRS.

5. Mais dinheiro para os passes sociais

Nos serviços públicos, e para ir ao encontro das revindicações do PCP, Costa revelou um reforço de verbas para o Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART) e para “a densificação da oferta de transportes públicos”.

6. Creches gratuitas a partir de 2022 até 2024

Neste capítulo, o secretário-geral do PS também faz uma cedência ao PCP que sempre pediu uma rede de creches públicas gratuitas.

  • As creches vão ser gratuitas no primeiro ano a partir de setembro de 2022, ou seja, já no próximo ano letivo.
  • No ano seguinte, em setembro 2023, haverá gratuitidade para o primeiro e segundo ano.
  • A partir de 2024, a gratuitidade também abrangerá o terceiro ano.

“Em três anos, teremos a total gratuitidade da frequência das creches”, resume António Costa.

7. Mais dinheiro para as empresas

No mesmo dia em os patrões bateram com a porta na Concertação Social, António Costa também apresentou uma medida para as empresas.

Costa revelou um alargamento do Fundo de Tesouraria de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em 750 milhões de euros.

8. Criação da carreira de técnico auxiliar da saúde

Esta é uma medida para tentar agradar o Bloco de Esquerda e fazia parte da lista das 9 exigências apresentadas pelo partido de Catarina Martins.

“Já fora do Orçamento do Estado, o PS e o Governo procederão à criação de carreira de técnico auxiliar da saúde”, explicou o primeiro-ministro.

9. No final, uma medida para o PAN

O “alargamento do crime de maus tratos animais” foi a última medida apresentada pelo secretário-geral do PS no final da reunião da Comissão Política Nacional.

Estas medidas serão levadas à reunião que António Costa terá este sábado com o PCP (às 9h30) e com o Bloco de Esquerda, a partir das 11h00.

Isto tudo vai ter um impacto no défice? Confrontado pelos jornalistas se estas medidas terão impacto no défice, António Costa respondeu que sim. “Tem de se fazer uma contabilização final do impacto destas medidas”, que vão provocar “uma diminuição de receitas e aumento das despesas”. “Mas têm impactos que vão refletir-se no défice, apesar de haver novas previsões de crescimento e isso [também] impactar no défice”.

A proposta de Orçamento para 2022 prevê um défice público de 3,2%, abaixo dos 4,3% previstos para este ano.

E se o PCP e o Bloco chumbarem o OE? Confrontado com esta pergunta, António Costa respondeu que nesse cenário vai “manter o país na trajetória de governação que tem sido seguida”. Ou seja, sugere que o Governo não se demite. “Se o Presidente da República entender de forma diversa, também estou preparado para tudo”.

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Primeiro-ministro pede “desculpa” aos parceiros sociais por “lapso” na apresentação das medidas laborais

"Acho que houve uma falha processual na forma como o Governo apresentou o Governo das propostas e que houve um lapso", admitiu António Costa, garantindo que já pediu "desculpa" aos parceiros sociais.

O primeiro-ministro considera “lamentável” que o aumento da compensação por despedimento e a reposição do valor das horas extraordinárias acima das 120 horas anuais tenham sido aprovadas em Conselho de Ministros sem que estas medidas tivessem sido apresentadas aos parceiros sociais, apesar de o Governo ter estado reunido com os sindicatos e os patrões na véspera. “Houve um lapso involuntário”, disse António Costa. Em reação, as confederações patronais decidiram, esta sexta-feira, suspender com efeitos imediatos a sua participação na Concertação Social e solicitar uma audiência ao Presidente da República.

“É lamentável“, reconheceu o chefe do Executivo, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP 3, à entrada da Comissão Política Nacional do PS. “Já tive oportunidade de esclarecer e apresentar desculpas. Acho que houve uma falha processual na forma como o Governo apresentou as propostas e que houve um lapso de não ter apresentado duas medidas relevantes, em sede de Concertação Social”, sublinhou António Costa. “Houve um lapso involuntário”, insistiu.

De notar que foi, aliás, o primeiro-ministro que anunciou, na semana passada, que a Agenda do Trabalho Digno seria aprovada esta quinta-feira, estando em causa um pacote de medidas laborais que, na última versão apresentada aos parceiros sociais, incluía 70 medidas.

O Executivo acabou por dar “luz verde”, contudo, a algumas medidas adicionais, incluindo o alargamento da compensação para 24 dias por ano em caso de cessação de contrato a termo ou a termo incerto, a reposição dos valores de pagamento das horas extraordinárias em vigor até 2012, a partir das 120 horas anuais e o alargamento do princípio do tratamento mais favorável às situações de teletrabalho e trabalho em plataformas digitais. Isto sem que estas alterações tivessem sido discutidas com os sindicatos e com o patronato.

Em reação, as confederações patronais decidiram suspender de imediato a sua participação na Concertação Social e solicitar uma audiência ao Presidente da República, após a qual reavaliarão a sua posição.

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Patrões estão a fazer “birra” e leis do trabalho de 2012 são para mudar, diz UGT

  • Lusa
  • 22 Outubro 2021

“Será que os patrões acham que o acordo patriótico de 2012 é para se manter eternamente?”, questionou o Secretário-Geral da UGT.

O secretário-geral da UGT acusou esta sexta-feira as confederações patronais de estarem a fazer “uma birra” ao suspenderem a sua participação na concertação social e defendeu que é tempo de alterar as leis laborais de 2012.

Estas posições foram transmitidas por Carlos Silva à entrada para a reunião da Comissão Política Nacional do PS, em Lisboa, que excecionalmente foi aberta a todos os deputados socialistas e que analisará o estado das negociações do Orçamento do Estado para 2022 entre Governo, Bloco de Esquerda, PCP, PEV e PAN.

Questionado sobre a decisão das confederações patronais de suspenderem a sua participação na concertação social em protesto pelas alterações às leis do trabalho aprovadas no último Conselho de Ministros, na quinta-feira, o secretário-geral da UGT considerou essa reação “um exagero”.

“Diria mais, foi uma birra da parte dos patrões. Patrões, UGT e CGTP-IN, enquanto parceiros sociais, apresentaram todos em devido tempo os seus contributos para a Agenda do Trabalho Digno e sobre valorização dos jovens no mercado de trabalho. Não sei a razão para haver tanto espanto da parte dos patrões, quando sabiam que alguns dos contributos tiveram pelo Governo uma aceitação que está prevista no conjunto de medidas agora a implementar”, apontou Carlos Silva.

O secretário-geral da UGT deixou depois uma pergunta: “Será que os patrões acham que o acordo patriótico de 2012 é para se manter eternamente?”

“Já passaram nove anos. Vamos manter exatamente o mesmo nível de indemnizações compensatórias por despedimento? Vamos manter os dias de férias sem chegar aos 25?”, questionou ainda.

Interrogado se o Governo atuou em matéria de leis laborais nas costas das confederações patronais, tal como se queixam as confederações patronais, Carlos Silva contrapôs que o assunto já foi levado pelo executivo à concertação social.

Aquilo que o Governo recebeu [da parte das confederações patronais] foi uma nega em relação à Agenda para o Trabalho Digno. Ora, o Governo não podia ficar de mãos atadas”, defendeu.

Questionado sobre o facto de PCP e Bloco de Esquerda considerarem insuficientes as medidas do Governo em matéria de revisão das leis laborais, o secretário-geral da UGT respondeu que a solução está na “diplomacia negocial, aquilo que o Governo está a fazer”.

“Ouvi a ministra [de Estado e da Presidência] Mariana Vieira da Silva dizer que nada está encerrado. Percebi também, da parte da ministra da Modernização e da Administração Pública [Alexandra Leitão] que ainda há capacidade para contentar os sindicatos. Ainda a procissão vai no adro. Até dia 27 ainda há muito a fazer”, acrescentou, numa alusão à data da votação na generalidade, no parlamento, da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022.

As quatro confederações empresariais disseram que foi com “surpresa” que viram aprovadas no último Conselho de Ministros, alterações à lei laboral que não estavam contempladas na Agenda do Trabalho Digno apresentada na Concertação Social, nomeadamente o aumento das compensações por cessação dos contratos a termo e o aumento do valor a pagar pelas horas extraordinárias.

Segundo os representantes dos empregadores, o Governo deu por concluída a discussão da Agenda do Trabalho Digno no dia 20 de outubro e, no dia seguinte, aprovou o documento no Conselho de Ministros contendo “novas medidas”, o que consideraram ser um desrespeito pelos parceiros sociais.

O Presidente da República anunciou esta sexta-feira que vai receber na próxima sexta-feira os parceiros económicos e sociais, tanto patronais como sindicais, e recusou, antes de os ouvir, comentar a situação da concertação social.

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, considerou grave a decisão das confederações patronais de suspenderem a participação nas reuniões da Concertação Social e assegurou que vai desenvolver diligências para que a situação seja ultrapassada rapidamente.

“Este assunto é grave, mas tem de ser ultrapassado (…) deve haver um equívoco”, disse Francisco Assis à agência Lusa, considerando ser seu papel fazer com que a situação seja ultrapassada rapidamente.

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Presidente do CES considera “grave” patrões abandonarem concertação social

  • Lusa
  • 22 Outubro 2021

"Este assunto é grave, mas tem de ser ultrapassado", disse Francisco Assis, antes de adiantar que vai contactar as confederações empresariais para a marcar uma reunião.

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, considerou esta sexta-feira grave a decisão das confederações patronais de suspenderem a participação nas reuniões da Concertação Social e assegurou que vai desenvolver diligências para que a situação seja ultrapassada rapidamente.

“Este assunto é grave, mas tem de ser ultrapassado (…) deve haver um equívoco”, disse Francisco Assis à agência Lusa, considerando ser seu papel fazer com que a situação seja ultrapassada rapidamente.

As quatro confederações patronais anunciaram esta sexta-feira que decidiram suspender a participação nas reuniões da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) depois de o Conselho de Ministros ter aprovado na quinta-feira alterações laborais que não foram discutidas com os parceiros sociais.

O presidente do CES disse à Lusa que vai contactar as confederações empresariais para a marcação de uma reunião e vai também pedir audiências, com caráter de urgência, ao primeiro-ministro, António Costa, e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Esta não é uma situação de não retorno e será certamente resolvida com o patrocínio do primeiro-ministro e do Presidente da República“, afirmou.

Segundo Francisco Assis, António Costa tem dado ao longo da sua vida política “grande importância ao diálogo social”, por isso pretende esclarecer este assunto com ele.

A Marcelo Rebelo de Sousa, vai pedir que intervenha junto das confederações patronais, que já solicitaram uma audiência ao Presidente da República.

“Estamos a falar de pessoas e entidades responsáveis que têm dado provas disso em momentos de dificuldades. Uma atitude tão radical deve ser alterada“, disse o presidente do CES, acrescentando que respeita os envolvidos neste processo e, por isso, e pela importância do diálogo social para o país, vai desenvolver diligências para que a situação seja rapidamente ultrapassada.

As quatro confederações empresariais disseram que foi com “surpresa” que viram aprovadas no último Conselho de Ministros, alterações à lei laboral que não estavam contempladas na Agenda do Trabalho Digno apresentada na Concertação Social, nomeadamente o aumento das compensações por cessação dos contratos a termo e o aumento do valor a pagar pelas horas extraordinárias.

Segundo os representantes dos empregadores, o Governo deu por concluída a discussão da Agenda do Trabalho Digno no dia 20 de outubro e, no dia seguinte, aprovou o documento no Conselho de Ministros contendo “novas medidas”, o que consideraram ser um desrespeito pelos parceiros sociais.

O Presidente da República anunciou esta sexta-feira que vai receber na próxima sexta-feira os parceiros económicos e sociais, tanto patronais como sindicais, e recusou, antes de os ouvir, comentar a situação da concertação social.

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Wall Street fecha em baixa com Intel a pesar

O vermelho pintou Wall Street na última sessão da semana, com as tecnológicas a liderarem as perdas. Intel caiu mais de 11%, após falhar previsões trimestrais de vendas.

As cotadas tecnológicas pressionaram a bolsa de Nova Iorque, esta sexta-feira, tendo o Nasdaq terminado a sessão em “terreno negativo”, com a Intel e a Snap Inc. a pesarem. Também o S&P 500 fechou no “vermelho”, enquanto o Dow Jones escapou às perdas.

O índice de referência em Wall Street, o S&P 500, terminou a sessão a cair 0,11% para 4.544,98 pontos. Também no “vermelho”, o tecnológico Nasdaq recuou 0,83% para 15.090,20 pontos. Acima da linha de água, ficou, por outro lado, o industrial Dow Jones, que avançou 0,21% para 35.677,25 pontos.

Este desempenho dos mercados norte-americanos foi registado num dia em que o presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Jerome Powell, disse que o banco central está “no caminho” para a redução da compra de ativos, o que deixou os investidores em alerta.

A pressionar as bolsa esteve também a evolução das receitas da Snap Inc., que foi pior do que os analistas estavam à espera e pode sinalizar algum enfraquecimento do mercado da publicidade digital. Os títulos desta cotada desvalorizaram, assim, 26,66% para 55,14 dólares.

Os títulos do Facebook e do Twitter, tecnológicas também muito dependentes de publicidade, acompanharam o sentimento negativo, tendo recuado, respetivamente, 5,05% para 324,61 dólares e 4,83% para 62,24 dólares.

Também na tecnologia, a Intel viu as suas ações caírem 11,68% para 49,46 dólares, depois desta cotada ter anunciado que não conseguiu cumprir as previsões de vendas para o terceiro trimestre do ano, à boleia da escassez de chips, e de ter alertado para uma redução das margens de lucro.

A contrariar, os títulos da American Express somaram 5,41% para 187,08 dólares, depois desta cotada ter superado as estimativas de lucro, pelo quarto trimestre consecutivo. Esta sexta-feira, a puxar pelos mercados estiveram ainda os dados que mostram que a atividade económica acelerou em outubro, à boleia de um desagravamento da pandemia. Isto ainda que a falta de mão-de-obra e de matérias-primas esteja a prejudicar a indústria norte-americana.

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Marcelo vai receber parceiros patronais e sindicais na próxima sexta-feira

  • Lusa
  • 22 Outubro 2021

O chefe de Estado adiantou que já tencionava "receber os parceiros económicos e sociais na próxima sexta-feira, de hoje a uma semana".

O Presidente da República anunciou que vai receber na próxima sexta-feira os parceiros económicos e sociais, tanto patronais como sindicais, e recusou, antes de os ouvir, comentar a situação da concertação social.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no final de uma sessão comemorativa dos 250 anos do Grupo Pinto Basto, no antigo picadeiro real, depois adaptado a Museu dos Coches, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

Questionado sobre o pedido de audiência das confederações patronais, que decidiram suspender a sua participação nas reuniões da Comissão Permanente de Concertação Social, o chefe de Estado respondeu que “já tinha tencionado receber os parceiros económicos e sociais na próxima sexta-feira, de hoje a uma semana”.

“Portanto, quando soube do pedido de audiência – e por acaso acabei de encontrar aqui alguns dos representantes dos parceiros sociais patronais, no caso, mas eu vou receber os patronais e sindicais – disse-lhes que já tinha antecipado a vantagem de os ouvir sobre a situação económica e social que se vive. Portanto, receberei uns e outros na sexta-feira da semana que vem”, acrescentou o Presidente da República.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação do Turismo Português (CTP) decidiram suspender a sua participação na concertação social na sequência das alterações à legislação laboral aprovadas na quinta-feira em Conselho de Ministros.

Num comunicado conjunto, as quatro confederações patronais acusam o Governo de desconsideração e de “claro atropelo a um efetivo processo de concertação social”.

Questionado sobre a gravidade que atribui à situação da concertação social, Marcelo Rebelo de Sousa recusou fazer comentários, por enquanto: “Eu vou ouvir os parceiros, não faz sentido estar a pronunciar-me antes de os ouvir”.

“Depois, se for caso disso, me pronunciarei”, disse.

Sobre as negociações do Orçamento do Estado para 2022, o Presidente da República reiterou que está a trabalhar num cenário de viabilização da proposta do Governo, que será votada na generalidade na próxima quarta-feira, defendendo que “é o melhor para o país”.

No seu entender, “tudo o que contribua para a certeza é bom”, na atual conjuntura global de “incerteza e insegurança”.

Interrogado se não se arrepende de ter dispensado acordos escritos que suportassem o atual Governo minoritário do PS, o chefe de Estado evitou responder a essa questão.

“Eu continuo a entender que é possível, também neste Orçamento – como foi possível durante quatro anos, é certo que nos dois últimos da legislatura anterior com dificuldades acrescidas, como foi possível nos dois primeiros desta legislatura – chegar-se a uma passagem do Orçamento“, reafirmou apenas.

Na intervenção que fez na sessão comemorativa dos 250 do Grupo Pinto Basto, o Presidente da República considerou que os portugueses são “muito bons para salvar apertos”, mas “menos bons para garantir previsibilidade e perspetiva de longo prazo”.

Marcelo Rebelo de Sousa rejeitou que essa fosse uma referência ao atual momento político, dizendo que “estava a falar de uma realidade diversa”.

(atualizado com mais informação às 21h55)

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PCP recusa argumento das “contas certas” para viabilizar orçamento

  • Lusa
  • 22 Outubro 2021

"Fazem mal, erram, aqueles que pensam que este partido é manobrável", avisou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, deixou esta sexta-feira um aviso ao Governo de que não aceita o argumento do primeiro-ministro das “contas certas” para viabilizar o Orçamento de Estado (OE) para 2022.

Não se venha, como temos assistido insistentemente nestes últimos dias, com o argumento da necessidade de uma política de ‘contas certas’ assente em anacrónicos critérios em relação ao défice e à dívida, longe das necessidades de um País e em seu prejuízo”, disse Jerónimo de Sousa num comício em Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal.

Para o líder comunista, as ‘contas certas’ de que fala o primeiro-ministro “servem para favorecer os negócios que o grande capital monta à mesa do Orçamento do Estado, como é o caso do negócio da saúde, cada vez mais nas mãos do grande capital monopolista e em detrimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e do direito à saúde dos portugueses”.

Contas certas que nunca são uma preocupação quando se trata de garantir os milhões para a banca, mas que nunca batem certo chegada a hora de dar resolução aos problemas dos trabalhadores e do povo”, acrescentou Jerónimo de Sousa, argumentando que tem sido esta a política de ‘contas certas’ dos sucessivos governos do PS, PSD e CDS-PP.

No comício em Alcácer do Sal, o líder comunista defendeu que o OE “tem de se inserir numa resposta global aos reais problemas que se colocam ao desenvolvimento do País”, mas acrescentou que o Governo do PS “parece não querer percorrer esse rumo que o País precisa”.

A situação do País reclama medidas concretas que traduzam um sinal claro de se agir para abrir um caminho capaz de responder ao que é preciso. Agir, desde logo para garantir um desenvolvimento económico e social sustentado, objetivo em que o aumento geral dos salários e a valorização das carreiras e profissões se afirma como emergência nacional e decisiva para o futuro do País”, disse Jerónimo de Sousa.

Travar a saída de milhares de trabalhadores para o estrangeiro, garantir o povoamento do território nacional, promover uma melhor distribuição da riqueza, para estimular a economia, e a fixação do Salário Mínimo Nacional nos 850 euros, foram outras prioridades enunciadas pelo líder comunista.

A fechar o comício em Alcácer do Sal, Jerónimo de Sousa garantiu ainda que o “PCP não é um partido manobrável”.

Fazem mal, erram, aqueles que pensam que este partido é manobrável, que este partido se esquece, durante os 100 anos da sua existência, de estar sempre do lado certo, do lado dos trabalhadores e do povo, dos que mais sofrem, dos mais discriminados, dos que sofrem as injustiças e as desigualdades. Não mudamos de campo, seja por que razão for”, assegurou o líder do PCP.

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